O aluguel do Centro de Convenções Centenário da Assembleia de Deus, em Belém (PA), para a COP30 gerou revolta entre os evangélicos. A divulgação do contrato e as imagens que circulam nas redes sociais repercutiram entre os fieis que lotaram a caixa de comentários do Instagram do local, onde funciona o Pavilhão do Pará até esta sexta-feira, 21.
Um dos mais críticos foi o pastor Marcelo Campelo, que fez uma sequência de publicações após a divulgação de vídeos em que o local aparece com estandes decorados e grupos dançando. “A pura profanação contra o sagrado. O tempo de colheita está próximo”, escreveu o religioso, lamentando a cena: “Faz parte de uma visão profética em que Ezequiel é transportado para o interior do Templo de Jerusalém e testemunha a corrupção espiritual do povo e de seus líderes, que haviam introduzido a adoração a ídolos dentro do local sagrado. Altar não é palco”.
Na sequência, ele fez um vídeo se posicionando sobre o “show de terror que aconteceu e ainda está acontecendo no centenário” e questionou aqueles que criticaram seu posicionamento. “A gente que é errado? Sério mesmo? A gente tinha que deixar tudo acontecer em silêncio e não fazer nada. É isso?”.
Os vídeos que circulam nas redes irritaram os evangélicos. Para muitos, o espaço deveria ser reservado a finalidades religiosas. “O culto sendo em uma tenda chega a ser bizarro depois da igreja com oferta dos irmãos construir um centro de convenções grande que foi consagrado para realizar cultos a Deus sendo usado pra festa pagã”, escreveu um seguidor no Instagram da Assembleia de Deus.