O verão 2026 da Louis Vuitton chega com um olhar delicado sobre a vida privada. A coleção apresentada nesta terça-feira 30, no Museu do Louvre, explora roupas inspiradas no vestuário doméstico, com conjuntos suaves, slip dresses ondulados, blazers combinados com ceroulas e sobretudos que lembram roupões, todos com caimento envolvente e tecidos que sugerem leveza, conforto e acolhimento.
A passarela se transformou em um cenário de interiores históricos, ocupando uma ala que já foi aposento de verão da rainha Ana da Áustria no século XVII. Móveis e obras de designers como Jean Royère, Georges Jacob e Michel Dufet integraram o espaço, enquanto a voz de Cate Blanchett entoava “home is where I want to be”, reforçando a atmosfera intimista do desfile.
Nicolas Ghesquière brinca com a memória e a imaginação, incorporando elementos domésticos às roupas: cortinas que viram vestidos drapeados, estampas de papel de parede, tecidos que lembram lençóis, toalhas e porcelanas. Bordados, laços e franzidos somam delicadeza, enquanto a paleta de cores, em tons suaves de rosa, azul, creme e cinza, enfatiza a serenidade da coleção que une tradição, intimidade e a visão de Ghesquière sobre o cotidiano elevado à alta-costura.
Sob os olhares de Zendaya, Emma Stone e Jaden Smith, o designer manteve sua assinatura ao misturar épocas e estilos: detalhes esportivos convivem com aplicações artesanais e paetês exuberantes, zíperes e fechos elásticos conferem modernidade sem perder a elegância clássica da Louis Vuitton, que reforça a ideia de que vestir-se para si é o verdadeiro luxo.



