A emissora americana Fox News se incomodou com a entrevista do diretor do novo Superman, James Gunn, ao jornal britânico The Times, em que o cineasta afirmou a posição de imigrante do super-herói. “Superman é a história da América. Um imigrante que veio de outro lugar e se instalou no país. Mas, para mim, é principalmente uma história sobre como perdemos noções básicas da gentileza humana”, disse Gunn na entrevista.
A Fox News, conhecida por seus posicionamentos direitistas e a favor do presidente Trump, criticou o filme por abordar temas “pró-imigrantes”, chamando-o de “Superwoke”. O apresentador da Fox Greg Gutfeld disse que Gunn estava criando “um fosso de opiniões woke” — termo que indica pessoas com consciência social e política.
Durante a transmissão do programa mesa redonda The Five na segunda-feira, 7, Gutfeld disse que Gunn estaria tentando criar um “escudo woke” para voltar à Hollywood, fazendo referência ao cancelamento de Gunn em 2018, após serem encontradas piadas sobre pedofilia e holocausto em seus tuítes mais antigos.
O apresentador ainda o comparou a Harvey Weinstein, produtor americano condenado em 2020 por estupro e agressão sexual. Mais de 100 mulheres, entre elas atrizes famosas, participaram das acusações. “Muitos suspeitos do #MeToo fazem isso. Harvey Weinstein fez doações aos democratas porque andava por aí abusando sexualmente das pessoas. É isso que se faz”, afirmou Gutfeld.
Laura Ingraham, apresentadora no canal, e Kellyanne Conway, ex-assessora de Trump e agora funcionária na Fox News, também se posicionaram contra o filme. “Mais um filme que não veremos”, disse Ingraham. Conway afirmou: “Não vamos ao cinema para ouvir sermões e para alguém nos impor sua ideologia”, se referindo ao fato de que David Corenswet, intérprete do novo Superman, não tem usado o slogan clássico do personagem, “verdade, justiça e o jeito americano”, em suas entrevistas. Em 2021, o bordão foi alterado oficialmente para “verdade, justiça e um amanhã melhor”.
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