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A ‘fonte da juventude’ da imunidade e outras 9 descobertas que marcaram o ano em respeitado centro americano

Uma das maiores instituições de pesquisa e assistência médica do mundo, a Clínica Mayo reúne, todo ano, um painel de suas descobertas e avanços mais expressivos. Na seleção de 2025, o centro sediado em Rochester, no estado americano de Minnesota, destaca a identificação da “fonte da juventude” imunológica, progressos para terapias regenerativas e baseadas em células-tronco, ferramentas de predição de doenças, a perspectiva de se realizar estudos 100% virtuais, entre outras inovações. Confira a lista dos dez maiores trunfos de 2025.

1. A fonte da juventude da imunidade

Existem idosos que têm um sistema imune típico de pessoas jovens. Eles ostentam um conjunto de características celulares e moleculares que torna sua imunidade mais ativa diante de infecções. Esses indivíduos teriam o que cientistas da Clínica Mayo chamaram de “fonte da juventude” imunológica. Mas há um preço a pagar por ela: essas mesmas pessoas estão mais sujeitas a doenças autoimunes, aquelas marcadas pelo ataque das células de defesa ao próprio corpo.

2. Quantas pessoas sofrem de doenças autoimunes

Por falar nelas, um estudo robusto realizado pela instituição americana calculou, pela primeira vez de forma fidedigna, a prevalência desse grupo de distúrbios potencialmente graves, uma lista que abrange artrite reumatoide, diabetes tipo 1, esclerose múltipla… Segundo as contas feitas, são 15 milhões de pessoas com algum desses problemas apenas nos EUA. Eles também são mais frequentes em mulheres.

3. Exames para prever e detectar o Alzheimer

Pesquisadores da Clínica Mayo apresentaram novas ferramentas que permitem estimar com alta acurácia o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer anos antes de surgirem sintomas. Além disso, estabeleceram um exame que consegue identificar padrões de atividade cerebral ligados a nove tipos de demência, entre elas o Alzheimer. Nesse contexto, também confirmaram a precisão de um teste sanguíneo para acelerar o diagnóstico já aprovado nos EUA.

4. A era dos estudos virtuais

Ensaios clínicos virtuais são simulações, construídas por programas de computador baseados em inteligência artificial, que permitem predizer os possíveis efeitos, reações colaterais e novas indicações para drogas já existentes ou em desenvolvimento. E eles estão passando nas provas de conceito. Desta vez, mostraram quais remédios aprovados poderiam ser aproveitados no tratamento da insuficiência cardíaca. Uma forma de reduzir tempo e custos antes de chegar aos estudos clínicos de verdade.

5. Terapia regenerativa para salvar os pulmões

Um time de pesquisadores descobriu que um grupo de células imunológicas especializadas não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo: ou elas ajudam a reparar áreas danificadas do corpo ou combatem infecções. Pois, ao acionar um interruptor molecular presente nessas células, é possível redirecioná-las para determinado objetivo, como atuar na restauração de tecidos lesados. Isso abre caminho a terapias regenerativas, especialmente para doenças pulmonares.

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6. Células-tronco em meio à diálise

Outra equipe da Clínica Mayo foi bem-sucedida numa intervenção engenhosa. Cientes de que pessoas com doença renal crônica avançada podem deixar de responder à diálise – máquina que faz as vezes dos rins -, eles testaram se as células-tronco poderiam melhorar suas condições e ampliar sua tolerância ao procedimento até um eventual transplante renal. No experimento, extraíram essas células do tecido gorduroso dos próprios pacientes, as trataram em laboratório e as injetaram nos voluntários antes da hemodiálise. Funcionou!

7. Mapear as ondas do cérebro para deter a epilepsia

Estudiosos criaram mapas detalhados da massa cinzenta para visualizar as ondas cerebrais emitidas por pacientes com epilepsia, transtorno que pode gerar crises como convulsões. Dessa forma, conseguem determinar com maior precisão em que áreas do órgão as terapias de estimulação são mais indicadas. Uma forma personalizada e mais eficaz de realizar o tratamento dos casos difíceis de controlar. No futuro, espera-se que esse tipo de mapeamento leve a intervenções com potencial curativo.

8. Marca genética indica volta de tumores

Meningiomas são o tipo mais comum de tumor cerebral e, em alguns casos, a doença pode voltar após um tratamento efetivo. E isso pode acontecer mesmo quando a biópsia e a análise no microscópio acusam uma doença de baixo grau de agressividade. Pois os cientistas desvendaram um marcador genético que revela quais casos tendem a reaparecer mais rapidamente – uma alteração na atividade no gene TERT. Com essa informação, é possível bolar um plano de ação e reação mais assertivo.

9. Melhora no rastreamento de mamas densas

Uma das limitações da mamografia, principal exame utilizado no rastreamento do câncer mamário, é a maior densidade das mamas. Só nos EUA estima-se que quase metade das mulheres apresente essa característica, que dificulta a detecção de um tumor. Pois os médicos da Clínica Mayo perceberam que aliar a mamografia 3D ao exame tradicional torna o rastreamento mais apurado e eficiente, podendo fazer a diferença no diagnóstico precoce de tumores mais agressivos.

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10. Blindados de açúcar contra o diabetes

A história pode soar estranha, mas seus resultados iniciais animam. Pesquisadores notaram que uma molécula de glicose que permite às células do câncer se esconder do sistema imune podem ser usadas como uma espécie de revestimento para células que seriam transplantadas no pâncreas de pacientes com diabetes tipo 1 – a versão autoimune da doença. Nesse caso, por driblar a imunidade, elas poderiam atuar no organismo sem empecilhos e a necessidade de medicamentos imunossupressores. O futuro dirá se a estratégia vai funcionar.

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