Mesmo antes de a Câmara atropelar os interesses do governo Lula e aprovar o PL Antifacção com diversos pontos que desagradaram o Executivo, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinham um plano de ação desenhado para tentar emplacar alterações na proposta durante a tramitação no Senado.
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) deve ir a campo para tentar negociar ajustes de interesse da gestão petista. O ministro Ricardo Lewandowski e seus auxiliares também farão uma ofensiva para tentar reverter derrotas que foram impostas pelos deputados.
No cardápio de argumentos, o governo Lula deve defender que o texto, da forma como foi aprovado pelos deputados, acaba fortalecendo as organizações criminosas e coloca em risco a capitalização de áreas estratégicas da Polícia Federal.
Antes mesmo de a medida avançar no plenário da Câmara, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já havia acenado para a possibilidade de designar Alessandro Vieira para a relatoria do projeto, o que indica que a Casa comandada pelo amapaense deve se debruçar sobre o tema e não engavetará o assunto como ocorreu em outras oportunidades quando deputados aprovaram textos recheados de polêmicas.