Diante da perspectiva de que o governo Trump possa impor novas punições econômicas ao Brasil depois da condenação de Jair Bolsonaro no STF, o presidente Lula não descarta chamar a embaixadora Maria Luiza Viotti de volta de Washington para dar explicações sobre a relação diplomática com Brasília.
Seria um gesto grave. Como comparação, vale lembrar que o Itamaraty convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Fred Meyer, para consultas depois de o governo de Israel declarar Lula “persona non grata”, em fevereiro de 2024. Meyer nunca reassumiu o posto.
A convocação de um embaixador de volta ao país está poucos passos abaixo do rompimento das relações diplomáticas com o país anfitrião. No caso de Viotti, a medida chegou a ser cogitada no início da crise do tarifaço americano, mas Lula decidiu não adotá-la.
Agora, voltou ao cardápio de opções do presidente para reagir à Casa Branca se o governo americano cumprir a promessa do secretário de Estado, Marco Rubio, de responder “à altura” do que considera uma “perseguição política” e “caça às bruxas” contra Bolsonaro no STF.