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A ‘doença fiscal silenciosa’ que afeta o Brasil, segundo diretor da IFI

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcos Pestana, afirmou ao programa Mercado, da VEJA, que o principal problema da economia brasileira é fiscal, e não cambial, monetário ou institucional. Segundo ele, o país acumula déficits primários desde 2014, o que indica que o governo gasta mais do que arrecada em despesas operacionais.

De acordo com o relatório mais recente da IFI, o rombo nas contas de 2025 pode chegar a 27 bilhões de reais, resultado do fraco desempenho das estatais federais e da perda de validade de medidas provisórias que aumentavam impostos. A aprovação da PEC 136/2025, que retirou os precatórios das metas fiscais, abriu espaço de 115 bilhões de reais no orçamento, mas o economista alertou que o alívio é temporário, pois os valores continuarão sendo pagos por meio de endividamento. Pestana comparou a crise fiscal a uma “doença silenciosa e progressiva, como uma diabetes”, que enfraquece o Estado e reduz a capacidade de investimento.

Para reverter o quadro, ele defendeu um ajuste de 4% do PIB, o que exigiria rever renúncias fiscais, gastos tributários e vinculações automáticas do orçamento. O economista afirmou que o próximo presidente, “seja Lula ou qualquer adversário, estará condenado a promover um ajuste profundo”, sob pena de o país “perder o bonde da história” e comprometer seu crescimento futuro.

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