Há uma discussão nos últimos anos na política brasileira que não faz sentido algum. Tarcísio de Freitas é um extremista de direita ou um moderado que usa o bolsonarismo de trampolim?
Em rodas de conversa em Brasília se debate o tema como se houvesse dúvida.
Balela!
Nenhum democrata convicto abraçaria Jair Bolsonaro como o governador de São Paulo faz desde o marco zero da relação, não fosse, obviamente, a existência de convicções políticas semelhantes.
Neste 7 de Setembro, faltando 11 meses para o início do período eleitoral de 2026, Tarcísio de Freitas jogou fora qualquer máscara de moderado que ainda falseava sua face.
Um Bolsonaro inelegível e prestes a ser condenado pela trama golpista levou o governador de São Paulo a segurar o microfone em um ato golpista pela anistia e atacar Alexandre de Moraes
“Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como [Alexandre de] Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país”, bradou de um carro de som na Avenida Paulista.
O governador de São Paulo continuou: “Tentam criar uma narrativa de que o 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado. Todos os advogados disseram que não conseguiram fazer a defesa. Será que isso nos dá um julgamento justo?”, questionou.
Depois, afirmou” Não existe documento, não existe ordem. Como vou condenar uma pessoa sem nenhuma prova? Se a gente está aqui hoje defendendo a anistia, essa anistia tem que ser ampla”.
Tarcísio de Freitas ainda pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta, pela a anistia, falou que Bolsonaro é o candidato e que o Brasil precisa resolver suas diferenças nas urnas.
“Não vamos aceitar a ditadura de um poder sobre o outro. Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer”, afirmou.
Em algumas rodas políticas e em setores da imprensa, Tarcísio era visto como um discípulo que fazia um gesto para um lado e depois para o outro, criando uma ambiguidade.
Agora está claro que nunca houve dubiedade. Ele sempre esteve de um lado, o pior deles: o do radicalismo e extremismo enquanto o país tenta reconstruir suas instituições fustigadas por Bolsonaro.