Fora do ar por tempo indeterminado, o programa de Jimmy Kimmel foi suspenso depois que o apresentador comentou sobre o assassino de Charlie Kirk, irritando conservadores. Agora, novos detalhes sobre os bastidores da decisão foram revelados em uma longa reportagem do The Wall Street Journal, que atesta que o martelo foi batido pelo chefão da Disney, Bob Iger, diante de um série de pressões e da intenção de Kimmel de responder às criticas durante o programa que iria ao ar na quarta-feira, 17 — mas que acabou suspenso de última hora.
A crise começou na segunda-feira, quando Kimmel atestou que “a turma do Maga [o movimento trumpista Make America Great Again]” estava desesperada para caracterizar o atirador de Kirk como “qualquer coisa que não seja um deles” e “tirar proveito político” do crime. Presidente da Comissão Federal de Comunicação, órgão regulador do governo americano, Brendan Carr ameaçou tomar ações contra emissoras caso algo não fosse feito contra Kimmel. Segundo a reportagem, a ABC recebeu também e-mails ameaçadores e uma série de ligações de anunciantes e afiliados logo depois que a declaração foi ao ar no início da semana.
Diante da pressão de conservadores nas redes sociais e de investidores, Kimmel responderia as críticas na quarta-feira à noite, durante o programa. Segundo fontes do Wall Street Journal, o apresentador pretendia se justificar afirmando que suas palavras estavam sendo distorcidas por apoiadores de Donald Trump, e chegou a conversar com a copresidente da Disney, Dana Walden, sobre seus planos. Ainda segundo a reportagem, ela e outros executivos aconselharam Kimmel a não fazer isso, temendo uma piora na situação. Pouco depois, Walden teria levada a situação a Bob Iger em uma reunião, e os dois decidiram suspender o programa por tempo indeterminado.
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