Por quatro votos a zero, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou recurso do Corinthians e manteve condenação ao pagamento de 8 milhões de reais ao ex-atacante do clube Gustavo Mosquito referente à rescisão contratual com o atleta. A ação trabalhista começou em 2024 quando o jogador conseguiu deixar o time paulista por falta de depósitos de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e direito de imagem.
Em primeira instância, o pedido foi rejeitado, mas o atleta conseguiu reverter a decisão junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) de São Paulo diante da comprovação de que a ação estava vinculada aos pedidos salarias, como 13º, que deixaram de ser pagos até o fim do vínculo entre as partes. O Timão levou o caso ao Supremo em uma tentativa de suspender o processo por alegar que a discussão estaria ligada ao tema da pejotização.
No entanto, os argumentos dos advogados do clube paulista foram rejeitados pelos ministros da Corte. “A intenção do agravante é utilizar a reclamação como sucedâneo recursal, finalidade essa que não se compatibiliza com a sua destinação constitucional”, sustentou o ministro Cristiano Zanin. Entre os torcedores, o que chamou atenção foi o voto de Alexandre de Moraes, que é corintiano e frequenta jogos da equipe na Neo Química Arena. O voto do ministro foi favorável ao ex-jogador. Cármen Lúcia e Flávio Dino também acompanharam o relator Zanin.
Dívida do Corinthians é bilionária
O Corinthians tem, hoje, uma dívida que gira em torno de 2 bilhões de reais. A maior parte é oriunda de dívidas relacionadas ao estádio do clube junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Para tentar ajudar o clube, torcedores criaram uma vaquinha online para arrecadar fundos para ajudar a diretoria. Segundo atualização deste sábado, 30, os torcedores doaram até o momento 40,8 milhões de reais em 276 dias. São mais de 900.000 pessoas físicas ou jurídicas que depositaram alguma quantia para o alvinegro.
