Em visita protocolar à Casa Branca nesta quarta-feira, 18, o elenco da Juventus foi surpreendido por uma pergunta constrangedora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Diante das câmeras para a foto oficial, o republicano questionou os jogadores da equipe de Turim se “uma mulher poderia jogar no time”.
A cena ocorreu poucas horas antes da partida contra o Al Ain, válida pela Copa do Mundo de Clubes, e evidenciou o clima de polarização nos Estados Unidos, onde o governo Trump vem adotando medidas restritivas contra atletas trans — em fevereiro, o republicano assinou um decreto que proíbe mulheres transgênero de competirem em esportes femininos. Mais cedo, nesta quarta-feira, a Suprema Corte decidiu que o estado do Tennessee pode restringir ou proibir serviços de transição de gênero para jovens. Por 6 a 3, os juízes definiram que impedir o acesso a tratamentos como bloqueadores da puberdade para menores de 18 anos não representa uma forma de discriminação.
Diante do comentário, os jogadores, incluindo os americanos Timothy Weah e Weston McKennie, preferiram o silêncio. O diretor-geral da Juventus, Damien Comolli, tentou contornar a situação afirmando que “a Juventus tem um time feminino muito forte”.
O encontro na Casa Branca teve a presença do dono do clube, o bilionário John Elkann, herdeiro da Fiat e aliado político de Trump, e também de Gianni Infantino, presidente da Fifa.
Em determinado momento, Trump também usou o momento para falar sobre o conflito entre Irã e Israel. Os jogadores da Juventus, perfilados atrás do presidente, também escolheram pelo silêncio.
O time de Turim enfrenta o Al Ain, dos Emirados Árabes, nesta quarta-feira, às 22h, em Washington.
