Partidos do campo progressista se reuniram na última quinta-feira e elaboraram uma carta sobre a importância da COP30 e uma proposta de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.
Além de reforçar a reconstrução das políticas ambientais conduzidas pelo governo Lula, o documento trouxe críticas à ausência dos Estados Unidos da conferência em Belém.
Assinada por PT, PCdoB, PV, Rede, PDT e PSB, a carta destaca que o Brasil chegou à COP30 com sua credibilidade ambiental reconstruída. “Em dois anos, o país reduziu pela metade o desmatamento na Amazônia, alcançando o menor índice em uma década, e registrou a maior queda de emissões de gases de efeito estufa desde 2009. Essas conquistas só foram possíveis porque o Estado voltou a atuar com seriedade e força: o Ibama, o ICMBio e a Funai foram reestruturados, concursos foram abertos, operações integradas retomadas e territórios indígenas voltaram a ser protegidos. A reconstrução da capacidade pública, interrompida durante o ciclo negacionista anterior, devolveu ao país sua autoridade moral e sua capacidade de liderar a agenda climática global”.
No documento, eles lamentam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de não comparecer ao evento e pontua que o norte-americano optou por insistir em gestos imperialistas e ameaças à soberania da América Latina em um momento em que o mundo deveria estar unido pela vida.
“Enfrentar esse projeto militar-imperialista é defender a ciência, a verdade e afirmar que não aceitaremos retrocessos que custam vidas, territórios e a democracia na nossa região. O negacionismo climático não é apenas ignorância, é um projeto político da extrema direita no mundo para proteger interesses que lucram com a destruição da natureza, para atrasar decisões urgentes e para desmobilizar a sociedade. Enquanto a ciência comprova, ano após ano, que a crise climática já afeta a vida das pessoas, sobretudo as mais pobres, os negacionistas tentam espalhar dúvida, confusão e medo. Enfrentar o negacionismo e ampliar investimentos em pesquisas na área ambiental e climática é defender a verdade, a ciência, a soberania e a vida”, destaca a carta.
