Em Joanesburgo, Lula comentou sobre o encontro bilateral que teve na cúpula do G20 com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz. O chefe de governo alemão causou revolta no Brasil após deixar a COP30: ele disse que a comitiva do seu país ficou feliz de ter retornado à Alemanha, “especialmente daquele lugar onde estávamos”, se referindo a Belém. O presidente brasileiro, em coletiva neste domingo, 23, voltou a criticar a declaração do alemão, afirmando que o problema dele é de “experiência política” e que ele estava no Pará com a “cabeça em Berlim”.
Os dois se reuniram ontem, sábado. “Apenas contei uma história. Eu disse para ele que a nossa cabeça pensa onde os nossos pés pisam”, disse Lula sobre a conversa que teve com Merz. Para o petista, o político da conservadora União Democrática Cristã deixou de aproveitar o Pará ao não sair à noite, não experimentar a culinária local – como maniçoba e peixe filhote – nem dançar o carimbó. “Ele veio para o Brasil, mas a cabeça dele ficou em Berlim. Ele não conseguiu conhecer Belém, e eu disse isso a ele”.
“Não viajo para comer feijoada”
E Lula continuou: “E eu disse que quando vou a Berlim, embora eu goste muito do Brasil, quando chego à Alemanha, eu como chucrute, como joelho de porco, como linguiça nas carrocinhas. Porque eu não vou viajar para outro país para ficar querendo comer feijoada. Então, eu acho que é um problema de experiência politica”.
O presidente ironizou dizendo que na próxima viagem ao Brasil o chanceler alemão aprenderá a gostar do país. Os dois, no entanto, só voltarão a se encontrar em Hannover, na maior feira de tecnologia industrial do mundo, em abril. “Vamos provar que nosso combustível emite menos CO2 que o combustível deles”, desafiou Lula.
