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‘A Base’: grupo terrorista com laços russos promete ‘caçada’ a oficiais da Ucrânia

O grupo terrorista ‘A Base‘ declarou nesta quarta-feira, 16, ser responsável pelo assassinato do oficial de inteligência ucraniano Ivan Voronchy em Kiev, na semana passada, e ameaçou outras figuras públicas do país com uma “caçada”. A reivindicação aconteceu por meio de um canal no Telegram supostamente vinculado ao braço ucraniano da organização.

Em mensagem veiculada na plataforma, os extremistas afirmaram que o episódio, ocorrido na última quinta-feira 10, foi “apenas o começo”, e se declararam “orgulhosos de nossos associados” pelo assassinato. Outra publicação expõe ameaças a figuras públicas ucranianas junto da promessa: “A caçada continua!”.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, as postagens no Telegram foram analisadas por fontes na área de contraterrorismo, que as consideraram confiáveis. Isso representaria uma escalada nas atividades do grupo, que estaria apoiando ou encomendando ativamente assassinatos dentro da Ucrânia.

Segundo Steven Rai, analista do Instituto para o Diálogo Estratégico (ISD), não é possível confirmar se A Base foi realmente responsável pelo assassinato de Voronych. No entanto, essa ação é alinhada com o que eles vem ameaçando há meses: “A Base tem se mantido ativa na Ucrânia desde março e realizando pelo menos dez incêndios criminosos contra infraestrutura e prédios em todo o país”.

Organização americana, vínculos russos

Fundada nos Estados Unidos em 2018, A Base é uma organização terrorista de extrema direita proibida internacionalmente. O grupo tem uma rede de células espalhadas pelo mundo, e é suspeito de ter ligações com a Rússia.

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Há meses, a organização vem oferecendo dinheiro a apoiadores ou voluntários para realizar assassinatos ou ataques contra a infraestrutura ucraniana. Em abril, o grupo iniciou uma “insurgência”, como qualifica suas próprias ações, para estabelecer um estado étnico branco na província ucraniana de Zakarpattia.

Imagem veiculada nos canais do Telegram do grupo terrorista 'A Base', criado nos EUA, com laços com a Rússia e células por todo o mundo. -
Imagem veiculada nos canais do Telegram do grupo terrorista ‘A Base’, criado nos EUA, com laços com a Rússia e células por todo o mundo. –X/Reprodução

Diversos vídeos foram divulgados por meio de contas no Telegram, mostrando ataques de autoria da organização contra veículos policiais e militares ucranianos, quadros elétricos, entre outros alvos. O aumento das sabotagens e denúncias contra o grupo coincide com as alegações de que seu fundador, Rinaldo Nazzaro, teria sido um espião do Kremlin.

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Segundo a emissora britânica BBC, Nazzaro já foi analista do FBI e prestador de serviços do Pentágono. Atualmente, ele vive com a família em São Petersburgo. Casado com uma russa, o fundador do grupo negou por anos qualquer associação com os serviços de inteligência do país.

Assassinato à luz do dia

No dia 10 de julho, um agressor mascarado assassinou a tiros o coronel Ivan Voronych, do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). O episódio aconteceu em plena luz do dia, enquanto Voronych caminhava por um estacionamento em Kiev. As imagens circularam na mídia ucraniana, causando comoção entre os moradores locais.

Três dias depois do assassinato, o SBU afirmou ter matado duas pessoas suspeitas de serem responsáveis pelo crime. Segundo o órgão, a dupla recebeu instruções e uma pistola para realizar o crime a mando de agentes dos “serviços especiais russos”. Reportagens na mídia ucraniana relataram que os assassinos eram estrangeiros com laços junto a grupos criminosos que contavam com o apoio da inteligência russa.

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