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A atriz por trás da secretária assexual de ‘Vale Tudo’

Cacá Ottoni, 34 anos, está em Vale Tudo como Marieta, secretária que trabalhou na Tomorrow e agora está na TCA. A vida da personagem não tinha nada fora do comum, mas Manuela Dias apostou em uma nova ideia para a funcionária. Agora ela é assexual e vive um curioso relacionamento com Poliana, interpretado por Matheus Nachtergaele. O termo assexualidade, pouco debatido dentro ou fora da comunidade LGBTQIAPN+, refere-se a quem se identifica com a falta de desejo ou atração sexual por outras pessoas. 

Cacá fazia parte do grupo dos que não conheciam o termo, até se deparar com o trabalho. Precisou pesquisar a respeito. “A partir de documentários, com podcasts, fui entendendo que não há nada haver relacionamento com orientação. A pessoa pode ser romântica ou arromântica, e heteronormativa, que é o caso da Marieta”, explica ela, mãe de uma menina e casada com o produtor Lucas Rossi. 

A atriz relata em conversa com a coluna GENTE, que descobriu sobre a sexualidade da personagem através de Matheus Nachtergaele. Os dois se encontraram numa festa, no período em que a atriz estava fora das gravações. Foi quando o ator comentou sobre a nova fase da secretária. “Você vai sabendo as coisas assim. Depois tive uma conversa com a Manu e ela me indicou conteúdos para eu aprender sobre o assunto. Ela participa de todas as etapas do processo, está ligada nos figurinos, nas demandas dos atores, tem uma capacidade de ser muitas pessoas”, diz sobre a autora de Vale Tudo.

Natural do Rio, ela começou no teatro para tentar vencer a timidez e logo se apaixonou pela profissão. Ainda na adolescência, começou a fazer peças. Ingressou no curso de Artes Cênicas na UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Na faculdade conheceu um colega que a incentivou a tentar o papel em Malhação: Intensa como a vida (2012). Foi aí que deslanchou. Na televisão, a atriz diz que tem o sonho de interpretar uma vilã. Sonha até em participar de uma segunda versão de outra novela: gostaria de ser Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino (2004), ou Carminha, de Avenida Brasil (2012). Mas já sobre a atual novela, gostaria mesmo era de ser a assassina de Odete Roitman (Debora Bloch)  para entrar na história da dramaturgia brasileira. “Gostaria que fosse uma pessoa totalmente inusitada. Seria hilário”, brinca.

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