O rapper e produtor americano Sean “Diddy” Combs, condenado a 4 anos de prisão por transporte de pessoas para fins de prostituição, foi transferido em 30 de outubro para a prisão federal de Fort Dix, em Nova Jersey, lugar de onde saiu um registro do rapper com a aparência bastante diferente da usual: grisalho e com a barba por fazer.

A sentença do rapper saiu no dia 3 de outubro. Além dos quatro anos em reclusão, o réu terá que arcar com multa de 500.000 dólares, o máximo que a Justiça pode cobrar. Em 2 de julho, foi absolvido da acusação de tráfico sexual, mas foi condenado pelo crime de transporte de pessoas com fins de prostituição, um crime federal.
Se fosse culpado de todas as acusações — duas queixas de tráfico sexual, uma de extorsão e duas de transporte com fins de prostituição — Diddy enfrentaria a chance de prisão perpétua. A defesa do rapper alegou que ele já havia cometido violência doméstica e enfrentava problemas de vício, mas que as alegações de comando de uma gangue devota ao tráfico humano eram “gravemente exageradas”.
Em Fort Dix, Diddy conseguiu um posto bastante desejado pelos detentos: o de assistente de capelão. Suas funções se resumem a organização e limpeza dos espaços de socialização e administração, como biblioteca e escritório. Ele ainda participa de um tratamento para dependência química dentro da prisão.
O caso P. Diddy
Além das acusações formais que compuseram o processo judicial contra P. Diddy, o seu caso envolve comportamentos abusivos e agressões físicas e verbais a mulheres e homens. A pivô dessas denúncias foi a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, que alega ter sido estuprada repetidamente por ele e obrigada a se drogar e a transar, por dias, com outros homens, enquanto ele assistia tudo. Além do sexo forçado com terceiros, Diddy a espancava. Além de Cassie, outras sete mulheres e dois homens abriram queixas de violência contra Diddy.
Além disso, a polícia encontrou diversos elementos suspeitos em festas privadas que Diddy promovia. Chamadas de freak offs (“surtos”, em português), Combs coagia mulheres a se drogarem para transarem com garotos de programa, enquanto ele próprio assistia a tudo e se masturbava durante o ato. Nas suas mansões em Los Angeles e Miami, a polícia encontrou drogas, fuzis e mais de 1.000 frascos de óleo para pele de bebê e lubrificantes — produtos que, em tese, seriam destinados a essas orgias.
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