Luciana Costa, diretora de Infraestrutura e Transição Energética do BNDES, respondeu às críticas sobre a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de voltar a comprar participações acionárias em companhias do setor privado depois de mais de uma década. A nova ofensiva prevê o desembolso de 10 bilhões de reais, sendo metade para aquisições diretas de participações societárias e a outra metade voltada a fundos de investimento. O banco garantiu, por exemplo, uma fatia de 4,4% da Eve, subsidiária da Embraer responsável pelo projeto do “carro voador”. Alguns economistas temem a nova gestão cometa erros do passado quando o banco foi utilizado para bancar apostas malsucedidas.
“Eu acho que falta um pouco de racionalidade econômica em quem faz esse tipo de crítica. O primeiro grande investimento dessa nova fase foi na Eve, que desenvolve o carro voador da Embraer. A Embraer é o Google do Brasil. É um investimento estratégico em inovação e a ação da Embraer subiu imediatamente após o anúncio”, disse. “O próprio mercado enxergou que o BNDES como investidor estratégico não vai deixar falta capital para um projeto importante e percebeu que a Embraer tem apoio público de um banco com capital paciente. O Brasil ganha, a empresa ganha e o acionista ganha porque a ação se valoriza”, conclui.