Entidades ciganas se manifestaram, nesta quinta-feira, 4, contra uma cena exibida no primeiro capítulo da recém-estreada Êta Mundo Melhor!, novela de Walcyr Carrasco e Mauro Wilson. Em uma carta pública, endereçada à TV Globo e ao Ministério da Igualdade Racial (MIR), eles acusam a emissora de racismo. Na cena em questão, a cigana Carmem, personagem da atriz Cristiane Amorim, convenceu um casal a entregar a ela o filho raptado de Candinho (Sérgio Guizé). Em seguida, a mulher procurou a vilã Zulma (Heloísa Périssé), que mantém um orfanato de fachada, para “vender” o menino. Com o dinheiro recebido, Carmem deixou a cidade em busca do seu povo.
“Anticiganismo é racismo, e a Globo precisa responder. A novela Êta Mundo Melhor apresentou, logo em seu primeiro capítulo, uma personagem cigana que entrega um bebê a uma golpista exploradora de crianças. Essa representação não é apenas irresponsável, é racista”, critica o texto. Os grupos pediram uma série de medidas, incluindo retratação da emissora, e explicaram como a trama reforçou esteriótipos ofensivos sobre o povo cigano.