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O que Bolsonaro e seus advogados disseram sobre o interrogatório no STF

Depois de ser interrogado por pouco mais de duas horas na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que as acusações contra ele são “uma mentira sem fundamentos inventada para justificar uma perseguição política” e voltou a inocentar o ex-assessor da presidência Filipe Martins, que é, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o autor intelectual da minuta de golpe que teria sido apresentada aos chefes das Forças Armadas. 

Hoje, coloquei um ponto final em duas narrativas absurdas que nunca deveriam ter existido. A primeira é essa farsa chamada ‘minuta do golpe’. Nunca discuti qualquer documento com teor golpista. Também nunca participei nem autorizei qualquer conversa sobre prisão de autoridades. Isso simplesmente não existiu. É uma mentira sem fundamentos inventada para justificar uma perseguição política contra mim e contra aqueles que me apoiam”, disse Bolsonaro nas suas redes sociais na noite de terça, 10, horas depois de seu interrogatório ter sido encerrado. 

Sobre Martins, o ex-presidente disse que é “completamente ilógico, para não dizer absurdo, supor que ele participaria de uma reunião sobre temas de segurança interna”. Ele também criticou a prisão do ex-assessor. Filipe Martins foi preso preventivamente sob o argumento de que havia risco de ele deixar o país no curso das investigações. Sua defesa argumenta que não há provas de que ele teria tentado viajar para o exterior na comitiva de Bolsonaro para os EUA no final de 2022. Agora, Martins está em prisão domiciliar. Ele é réu no núcleo 2 da trama golpista

O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos que compõem a banca de defesa do ex-presidente, avaliou de forma positiva o resultado do interrogatório de terça. “O presidente, mantendo sempre atitude respeitosa, deixou absolutamente claro que jamais pretendeu atentar contra as instituições ou promover alguma sorte de quebra institucional”, disse o defensor também pelas redes sociais. “A acusação é uma narrativa que não se sustenta em elementos mínimos, evidenciando mais um episódio, a se lamentar, de judicialização da política e politização da justiça.”

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Depois do interrogatório de Bolsonaro, foram ouvidos os últimos dois réus do núcleo 1, o principal da trama do golpe — Paulo Sergio Oliveira e Walter Braga Netto. Podem ainda haver diligências complementares até que a fase de produção de provas se encerre. Depois, o relator do caso, Alexandre de Moraes, deve abrir prazo para que todos os acusados apresentem alegações finais.

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