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Mortes por metanol: Tarcísio cria gabinete de crise e descarta ação do PCC

O governador de São Paulo, Tarcíso de Freitas (Republicanos), descartou nesta terça-feira, 30, a participação do Primeiro Comando da Capital (PCC), nos casos de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais da capital paulista. O governador usou o verbo “especulação” e disse que os suspeitos que foram identificados até agora não são pessoas ligadas à facção criminosa.

“Tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Não há evidência nenhuma de que haja crime organizado nisso. Nos inquéritos que estão abertos, em que se está chegando às pessoas que estão trabalhando para adulteração nessas destilarias clandestinas, são pessoas que não têm relação com o crime organizado e que não têm relação entre si”, disse o governador durante uma entrevista coletiva que aconteceu horas depois de o governo federal também ter anunciado medidas sobre os episódios.

Polícia Civil faz operação em fábrica clandestina de bebidas suspeita de falsificar destilados em Americana (SP)
Polícia Civil faz operação em fábrica clandestina de bebidas suspeita de falsificar destilados em Americana (SP) nesta terça, 30SSP/Divulgação

Mais cedo, nesta terça, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal também vai investigar a intoxicação de bebidas alcoólicas por metanol em São Paulo. Além da suspeita de que o crime poderia estar acontecendo em mais de um estado, um ponto que foi levantado na coletiva do governo federal foi a possível participação de organizações criminosas, que será um dos objetos da investigação. A PEC da Segurança Pública, proposta por Lewandowski, tem como um dos pontos mais polêmicos levar as investigações sobre organizações criminosas para a alçada da Polícia Federal — hoje, esses casos são de competência das Polícias Civis dos estados.

Tarcísio disse que o Estado de São Paulo tem cinco inquéritos em aberto e que fará a interdição cautelar dos estabelecimentos suspeitos de terem comercializado bebidas adulteradas às vítimas. Ao todo, já são cinco mortes e dezessete casos suspeitos. A Polícia Civil fez uma operação em Americana que prendeu duas pessoas e desmontou uma fábrica clandestina em uma chácara na cidade. Os produtos falsificados abasteciam tanto a cidade quanto a capital paulista.

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