Subiu para cinco nesta terça-feira, 30, o número de pessoas mortas por intoxicação com metanol após o consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais da Grande São Paulo. O número foi confirmado pelo governador do estado Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), durante uma entrevista coletiva.
Desses cinco óbitos, um deles já passou por perícia, que confirmou oficialmente a intoxicação por metanol — os outros ainda passarão pela mesma análise, que é feita pelo Instituto Médico-Legal (IML). “Quatro casos foram em São Paulo e um em São Bernardo do Campo, mas que, provavelmente, consumiu-se a bebida aqui em São Paulo. Vamos fazer interdição cautelar em todos os estabelecimentos onde houve consumo dessas bebidas e, a partir dessa interdição, vamos aprofundar as investigações”, disse Tarcísio.
Segundo o secretário de Saúde do estado, Eleuses Paiva, que também participou da coletiva, “três ou quatro estabelecimentos serão visitados nesta tarde”. Ele não revelou os nomes e nem os bairros dos alvos da operação. O governo também decidiu abrir um gabinete de crise e criar um canal de denúncias exclusivo para receber informações sobre a intoxicação por metanol.
Nesta terça, a Polícia Civil fez uma operação que desarticulou uma fábrica clandestina que adulterava bebidas alcoólicas em Americana, no interior do estado. Duas pessoas foram presas. Os produtos adulterados abasteciam tanto estabelecimentos do interior quanto da capital.
Além das cinco mortes, há dezessete casos suspeitos que ainda estão sendo investigados — no total, apenas em setembro, o estado de São Paulo está com 22 registros de intoxicação por metanol. A Polícia Civil paulista fez uma operação na segunda-feira que apreendeu mais de cem garrafas de bebidas alcoólicas em bares do Jardim Paulista e de Mooca, onde poderiam ter ocorrido os casos de intoxicação.
O governo federal também decidiu entrar em campo e a Polícia federal anunciou nesta terça que fará uma investigação sobre o episódio.
