Um dos suspeitos de participar do assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi morto em confronto com a Polícia nesta terça-feira, 30, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Umberto Alberto Gomes já tinha a prisão decretada por ordem da Justiça de São Paulo e estava sendo procurado.
Ele foi identificado através de impressões digitais encontradas em uma das residências usadas pelos criminosos. Porém, a Polícia trabalha com a possibilidade de Gomes teria sido um dos atiradores. Ele possui passagens por roubo e organização criminosa.
De acordo com as Polícias Civis de São Paulo e do Paraná, Gomes teria entrado em confronto armado com os agentes. Policiais dos dois estados participaram da operação para encontrá-lo. Gomes é o oitavo suspeito identificado pela investigação. Impressões digitais dele estavam em uma das residências que foi usada para o crime.
“No momento da prisão, esse indivíduo decidiu entrar em confronto. Houve necessidade de neutralizá-lo”, disse Arthur Dian, o atual delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, em vídeo publicado nas redes sociais ao lado do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem. pic.twitter.com/Zr4ngOCsl0
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) September 30, 2025
Ruy Fontes, pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital, o PCC, foi morto em uma emboscada na Praia Grande no dia 16 de setembro. Ele trabalhava como secretário de Administração da Prefeitura da cidade — uma retaliação é uma das hipóteses com que a Polícia trabalha. Na segunda, foram cumpridos oito mandados de busca em três cidades do litoral paulista.
Presos e suspeitos
As quatro pessoas que foram presas nas investigações até agora são:
- Dahesly Oliveira Pires: primeira pessoa a ser detida nas investigações. Ela é suspeita de ter levado um dos fuzis usado no crime da Praia Grande, onde o assassinato aconteceu, para Diadema
- Luiz Henrique Santos Batista: apelidado de “Fofão”, é suspeito de ter ajudado na fuga de um dos suspeitos logo depois do crime
- Rafael Marcell Dias Simões: “Jaguar” se entregou à Polícia em Praia Grande no sábado, 20. Ele é suspeito de ser um dos atiradores
- Willian Silva Marques: depois da ordem de prisão ser expedida pela Justiça, se entregou no último domingo, 21, em São Paulo. Ele é dono da residência onde um dos fuzis usado no crime foi guardado. A polícia suspeita que a casa dele serviu de base para a quadrilha

A Polícia expediu ordens de prisão em nome desses suspeitos, que permanecem foragidos:
- Flávio Henrique Ferreira de Souza: não tem antecedentes registrados, foi colocado na cena do crime pela presença do seu material genético
- Felipe Avelino Silva: conhecido como “Mascheirano”, tem várias passagens policiais (por roubo, tráfico e ato infracional quando ainda era adolescente) e, de acordo com os registros das autoridades de segurança, é ligado ao PCC
- Luiz Antonio Rodrigues de Miranda: teria feito o contato com Dahesly para que ela transportasse um dos fuzis usados no crime
- Umberto Alberto Gomes: digitais dele teriam sido encontradas em uma das casas que os criminosos usaram para viabilizar a emboscada. Foi morto nesta terça em uma operação policial