Ainda que estejam irritados com Davi Alcolumbre por não ter levado adiante suposto acordo de aprovar a PEC da Blindagem, aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta, avaliam que o chefe do Senado acabou preservando o colega ao decidir sepultar a proposta após a derrota na CCJ e não avoca-la ao plenário, onde possivelmente enfrentaria outro revés colossal.
Havia a expectativa de que senadores buscariam derrubar a matéria também no plenário para enviar um recado para a sociedade de que eles ouviram os apelos das manifestações e não acompanharam a decisão dos deputados de aprovar a medida.
Além disso, optariam por esse caminho para evitar argumentos de entusiastas da proposta de que um texto aprovado no plenário da Câmara foi derrubado por uma única comissão do Senado, mas não pelo plenário.
Apesar disso, Alcolumbre optou por “fechar o caixão” após votação unânime da CCJ.
Para aliados de Motta, o presidente do Senado teria feito isso para preservar Motta, que ficaria muito desmoralizado caso a iniciativa também enfrentasse uma derrota expressiva no plenário.