A Polícia Civil do Paraná concluiu as investigações sobre o caso do homem de 51 anos de abusou de sua enteada em Araucária, no Paraná, durante 22 anos, desde quando ela tinha apenas sete anos de idade, e o indiciou à Justiça por sete crimes.
São eles:
- perseguição;
- dano emocional;
- estupro;
- estupro de vulnerável;
- cárcere privado qualificado;
- constrangimento;
- filmar conteúdo de ato sexual sem autorização.
O criminoso foi preso há dez dias, após a vítima conseguir fugir de casa e ir até a polícia. Na residência, foram apreendidas câmeras utilizadas para monitoramento dela, que era mantida em cárcere privado, e também para fazer vídeos dos abusos aos quais ela era submetida.
Aos 16 anos, a vítima foi forçada a se casar com o agressor, após engravidar pela primeira vez dele. Até os 29 anos, ela sofreu diversas agressões físicas e psicológicas, restrições à liberdade, monitoramento por câmeras instaladas na residência e controle sobre o celular e seus deslocamentos.
O criminoso também obrigava a vítima a se relacionar com outros homens, e os atos eram registrados em vídeo. “Ao longo das diligências, apreendemos diversos objetos que ele utilizava ou fazia outros homens utilizarem na vítima durante a prática dos abusos. A mulher também prestou depoimento e declarou que, até os 14 anos, foi vítima de ao menos 50 abusos por parte do agressor”, explica o delegado da PCPR Eduardo Kruger.
Com a conclusão do inquérito policial, o procedimento foi remetido ao Ministério Público para as providências cabíveis. O delegado diz acreditar que o criminoso poderá ser condenado a uma pena de mais de cem anos de prisão.
A vítima e seus filhos foram encaminhados para um local seguro, onde estão sob medidas protetivas de urgência.