counter Murilo Benício e diretor explicam ‘sotaque’ de vilão de Três Graças – Forsething

Murilo Benício e diretor explicam ‘sotaque’ de vilão de Três Graças

Vilã da próxima novela das 9 da Globo, Murilo Benício chamou a atenção do público nas primeiras chamadas de Três Graças, em que interpretará Ferette, um empresário que se finge de benfeitor ao comandar uma fundação que leva seu nome e que distribui remédios para população pobre — os medicamentos, porém, são feitos de farinha. O que atiça a curiosidade sobre o personagem não foi tanto suas vilanias, e, sim, a sua forma peculiar de se comunicar. Na trama, Ferette tem um caso com Arminda (Grazi Massafera), com quem desvia dinheiro da fundação e pratica outras maldades ao longo da história criada por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva. A VEJA durante conversa com imprensa nesta sexta-feira, 26, Murilo Benício e o diretor da novela, Luiz Henrique Rios explicaram a decisão artística para compor o personagem.

“Acho que sou eu tentando fazer sotaque paulista”, brincou Benício, natural de Niterói, Rio de Janeiro. “Eu lembro de alguém achar que isso fosse ideia minha, mas não. Eu lembro de estar com o Luiz Henrique em um almoço com a Grazi, que falou: ‘Ai, que bom, pela primeira vez na vida eu vou poder fazer o meu sotaque. Eu vou ficar muito à vontade’. Aí eu falei: ‘Graças a Deus, porque eu sou péssimo de sotaque’. Aí quando a gente voltou do almoço, o Luiz Henrique falou assim: ‘Eu queria que você fizesse sotaque, sabe, um paulista meio italiano’. Eu falei: ‘Puxa, vida, isso vai cair para mim’. Então é uma procura, é mais até do que o sotaque que a gente estava desenvolvendo, o que eu acho que também é, se encaixa muito com com o universo da novela, do Aguinaldo, é um universo próprio, descolado da realidade”, explicou o ator.

“A minha primeira novela com o Aguinaldo Silva foi Fera Ferida (1993), que é uma novela que eu guardo até hoje no meu coração como uma das mais importantes para mim. E era uma maravilha aquela novela, porque era um universo muito próprio. Então, eu acho que essa propriedade de se fazer é que é a grande jogada da novela”, completou.

Luiz Henrique Rios não caracteriza a forma de Ferette falar como um sotaque paulista. “Não existe um sotaque paulista. Isso é real. Quando os paulista trocam de bairro, eles trocam de som. Você encontra uma pessoa de cada lugar de São Paulo, e cada lugar de São Paulo tem um jeito de falar. O cara, por exemplo, da Faria Lima, se for numa quebrada, ele nem entende o que está sendo dito. Então, não dá para a gente criar um sotaque paulista. E aí na brincadeira da construção de uma sonoridade, construímos várias sonoridades nessa novela”, começou o diretor.

“E aí, para sairmos desse lugar real, a gente criou alguns tons hiper-reais. O sotaque, a forma do Ferette que o o meu amigo Murilo tá brilhantemente pesquisando e desenvolvendo, é uma forma própria. Porque você tem essas formas próprias. Eu conheço pessoas que tem uma sonoridade bem próxima dele, não é fora dessa realidade. Então, é um pouco essa brincadeira que a gente tá propondo para o público. É isso que estamos tentando fazer. Espero que o público curta, porque eu acho que está muito divertido.”, concluiu Rios.

Continua após a publicidade

Quem é Ferette em Três Graças?

Em Três Graças, Ferette comanda uma fundação que leva seu nome e distribui remédios falsificados à população pobre. Entre as vítimas do esquema fraudulento está Lígia (Dira Paes), mãe de Gerluce (Sophie Charlotte), que cuida da mãe de Arminda, Josefa (Arlette Salles), e descobre toda a falcatrua. Quando a saúde de Lígia deteriora, a protagonista promete se vingar dos vilões e conseguir justiça.

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial
Publicidade

About admin