O Banco da Amazônia alcançou lucro líquido de 575,2 milhões de reais no primeiro semestre deste ano, resultado 6,7% superior ao mesmo período de 2024. A carteira de crédito atingiu 62,8 bilhões de reais, com expansão de 20,3% em 12 meses, com destaque ao crédito Comercial que cresceu 93,3%.
A receita total avançou 19%, somando 4,5 bilhões de reais. O banco encerrou junho com 1,2 milhão de clientes ativo, sendo 1,1 milhão de pessoas físicas, crescimento de 9% em 12 meses. Já a carteira pessoa jurídica chegou a 97 mil clientes, com expansão de 15,6% no período.
O patrimônio líquido alcançou 7 bilhões de reais, avanço de 8,8% em 12 meses, e o retorno sobre o patrimônio líquido médio ficou em 17,3%, mesmo em um cenário de maior pressão no mercado. “Ainda não podemos comemorar, mas estamos passando pela batalha da inadimplência melhores do que o resto do sistema financeiro”, diz Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia, que possui índice de inadimplência de 3,29% — a média do mercado é de 3,6%.
Por outro lado, o banco busca diversificar o portfólio — ainda uma das fraquezas mapeadas pelo executivo. “Nosso resultado ainda está muito centrado em receita de intermediação financeira. Precisamos buscar outras alternativas, com novas linhas de crédito”, diz Lessa. O banco lançou recentemente ferramentas de consórcio e adquirência. Em outubro, vai lançar uma operação de cartão de crédito e discute novos mecanismos de seguros. “Buscamos uma nova avenida de negócios que nos permita ter robustez”, diz.
Para ter robustez, a estratégia do Banco da Amazônia está focada em três pilares: fomento, comercial e digital. Como banco de fomento, a instituição contratou 8,3 bilhões de reais em municípios de baixo IDH, crescimento de 37,4% em relação ao ano anterior. Como banco comercial, foram contratados 12,3 bilhões de reais em linhas de crédito. Já o banco digital deve ser lançado no início do ano que vem. “Estamos trocando o nosso ‘core’ bancário, que era um sistema bem antigo e defasado, e os primeiros resultados devem aparecer no primeiro semestre do ano que vem”, diz Lessa. “Como banco digital, vamos quebrar barreiras — e vender produtos para clientes em qualquer lugar”. O investimento nessa frente supera R$ 800 milhões de reais.