O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em desvalorização de 0,81% nesta quinta-feira, 25, recuando para os 145,3 mil pontos. O cenário de queda se dá por um movimento de cautela dos investidores, segundo analistas. O dólar, por sua vez, teve alta e ficou cotado a 5,36 reais.
Prévia da inflação no Brasil
No cenário doméstico, o mercado operou de olho na divulgação do IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação no país. Segundo o IBGE, o índice avançou 0,48% em setembro e voltou a acelerar após o resultado do mês anterior. “É um dado que diminui um pouco a probabilidade de observarmos um primeiro corte dos juros em dezembro”, afirma Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital. “O corte deve começar a partir de janeiro do ano que vem.”
Essa preocupação também foi reforçada pelo relatório de política monetária divulgado pelo Banco Central nesta manhã. O documento projeta uma inflação acima do teto da meta nos próximos meses de 2025. Para o fim de 2026, a previsão é de 3,6%, também acima da meta, mas dentro do limite de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima.
PIB nos Estados Unidos
No exterior, o destaque foram os dados do Produto Interno Bruto dos EUA. No segundo trimestre do ano, a economia americana avançou a uma taxa anualizada de 3,8%, revisão expressiva frente à queda de 0,5% registrada no trimestre anterior e acima do esperado por analistas.
Para Nicolas Gass, o resultado indica que a economia do país está acelerada, o que poderia frear algum dos dois cortes de juros previstos pelo mercado nas próximas reuniões do Federal Reserve (Fed), banco central americano. “Isso, sem dúvidas, gerou preocupação para os negócios e contribuiu para a queda das bolsas americanas e do Ibovespa.”
No mercado de ações, os principais bancos do país acompanharam a queda do principal índice da B3. Os papéis do Itaú (ITUB4) desvalorizaram 0,80%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram baixa de 1,05% (BBDC3) e de 0,79% (BBDC4). O Santander (SANB11) recuou 1,07% e o Banco do Brasil (BBAS3) teve desvalorização de 1,45%.
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