Somente no ano de 2025, a Polícia Militar do Rio apreendeu 500 fuzis no estado. O número foi alcançado ontem, 24, quando seis foram recolhidos de traficantes em operações dos batalhões de Irajá, Ilha do Governador e Bangu.
Chama a atenção uma mudança no perfil desse armamento encontrado nas mãos de integrantes das facções. A Subsecretaria de Inteligência da PM afirma que que grande parte dos fuzis apreendidos este ano foi montada em fábricas clandestinas ligadas ao crime organizado. Até o ano passado, mais de 90% chegavam prontos de outros países.
De acordo ainda com a corporação, as maiores apreensões ocorreram em locais disputados por facções rivais, como nas regiões dos Complexos do Chapadão e da Pedreira e no Morro do Juramento, na Zona Norte da capital. A retirada de fuzis do crime virou uma das principais políticas do governo Cláudio Castro (PL) na segurança pública. O governador, que pretende disputar a eleição para o Senado em 2026, trata o assunto sempre cobrando o governo federal.
Em comunicado divulgado para a imprensa, ele diz que é preciso “reforçar a necessidade de uma atuação mais firme por parte do governo federal para impedir a entrada de armas no território fluminense”. Durante todo o ano passado, foram 732 fuzis apreendidos no estado.
Série histórica de apreensões de fuzis pela PM, desde 2019:
2025 – 500 (até 24/09)
2024 – 638 fuzis
2023 – 492 fuzis
2022 – 354 fuzis
2021 – 288 fuzis
2020 – 251 fuzis
2019 – 505 fuzis