Fala, pessoas!
No último final de semana, participei de um curso para me tornar Conselheiro Consultivo. Um ambiente repleto de análises, escutas estratégicas e decisões baseadas em orientação sólida.
E enquanto eu absorvia conteúdos sobre conselhos e diretrizes para empresas, me veio um pensamento: a língua portuguesa também precisa de conselhos, especialmente quando o assunto é ortografia.
A palavra da vez: exceção
Tem palavras que confundem tanto, mas tanto, que mereciam uma reunião extraordinária só para elas.
A queridinha de hoje é: exceção. Sim, com “x” e apenas um “s”.
Mas não é raro encontrar por aí a versão “excessão”, com dois “s”, toda segura de si, achando que está arrasando…
Por que esse erro é tão comum?
A confusão acontece por associação linguística.
Como temos palavras como:
- excesso
- excessivo
- excessivamente
…todas com dois “s”, o cérebro tenta aplicar a mesma lógica em “exceção”.
Parece coerente, mas não é.
Etimologia: a origem explica tudo
Apesar de todas essas palavras virem do latim, suas origens são diferentes:
- Exceção vem de excipere, que significa “retirar de”, “deixar de fora”.
- Excesso vem de excedere, no sentido de “ultrapassar”.
Ou seja: são primas distantes, não irmãs gêmeas.
Como nunca mais errar?
Dica de professor (e agora também conselheiro!):
Associe “exceção” a palavras da mesma família, como:
- excecional (variante de “excepcional”)
- excepcionalidade
E lembre-se:
“Excesso” tem a ver com exagero. “Exceção” tem a ver com regra quebrada.
Toda regra tem uma exceção, inclusive a ideia de que escrever com dois “s” sempre dá certo!
No fim das contas…
Ser conselheiro é ajudar a enxergar o que está fora do óbvio.
E, na língua, isso também vale: muitas vezes, o erro está tão espalhado que parece verdade.
Tem mais toda terça e quinta!
Espero que esteja curtindo esta coluna, que tem como missão deixar você com a língua portuguesa na ponta da língua!
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Vamos juntos!
Professor Noslen Borges Revisão textual: Profª. Ma. Glaucia Dissenha