A bolsa de valores abriu na manhã desta quinta-feira (25) em queda, se mantendo próxima de 146 mil pontos. O IBGE divulgou hoje o IPCA-15, que avançou 0,48% em setembro, acumulando alta de 3,76% em 2025 e 5,32% nos últimos 12 meses, acima dos 4,95% registrados até agosto. O dólar subiu para R$5,34 às 10h50.
Segundo Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, o resultado do IPCA-15 reflete os efeitos da política monetária restritiva. “A energia elétrica foi o setor com maior impacto, apresentando alta de 12,17%, devido ao fim do bônus de Itaipu e à continuidade da bandeira tarifária vermelha patamar 2. No mês anterior, o grupo havia sido beneficiado pelo bônus, que reduziu o preço da energia”, explica Sara.
No mercado de ações, apesar da queda no setor petroquímico de -0,34%, Petrobras (PETR3 e PETR4) registrou alta de 0,36% e 0,37%, respectivamente. A Vale (VALE3) abriu o dia com ganho de 0,83%. Entre os grandes bancos, Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,50%, Bradesco (BBDC4) -0,11% e Itaú (ITUB4) -0,21%. Santander foi a exceção, apresentando leve alta de 0,03%.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, os índices futuros registram quedas: Dow Jones Futuro cai 0,32%, S&P Futuro recua 0,53% e Nasdaq Futuro tem baixa de 0,73%. Dados recentes de seguro-desemprego abaixo do esperado e um PIB do 2º trimestre mais forte podem aliviar a pressão sobre o Federal Reserve, que ainda avalia novos cortes de juros. Amanhã, o mercado acompanhará os dados do PCE, indicador de inflação preferido pelo Fed para política monetária.
Segundo a Reuters, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que os Estados Unidos fizeram grande progresso nas negociações comerciais com a China nos últimos meses, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.