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A dura realidade escancarada por ‘Casamento Às Cegas: Nunca É Tarde’

Em sua quinta edição, a versão brasileira do reality casamenteiro da Netflix ganhou um adendo. Desta vez, o programa veio batizado como Casamento Às Cegas Brasil: Nunca é Tarde – em referência ao novo elenco de participantes, todos com mais de 50 anos de idade. A ideia, muito boa por sinal, deu novo tempero ao formato já batido do reality no qual solteirões devem se conhecer apenas pelo papo antes do encontro presencial. A expectativa era que o grupo trouxesse uma boa dose de maturidade, razão e experiência ao programa. A realidade, porém, não foi bem essa. 

Em suas temporadas anteriores, Casamento Às Cegas expôs as expectativas irreais de jovens ansiosos pelo matrimônio, a superficialidade daqueles que julgam mais a aparência do que a essência (apesar do programa tentar provar o contrário), as mentiras dos que prometem mais do que podem oferecer na vida real e a ingenuidade daqueles que rapidamente soltam o “eu te amo” – mesmo que digam isso para uma parede. Pouca coisa mudou no roteiro dos 50+.

Enquanto tenta provar que o amor é cego, o reality, no fundo, escancara uma dura verdade: a de que manter um relacionamento de pé é um desafio para qualquer idade – e sempre traz consigo idealizações irreais. Fica aqui o exemplo de Eliane Neri (Lica), 51 anos, que mesmo após horas de conversa com o dentista Leonardo Vicentini, 50, esperava que ele fosse algo que claramente não era – ela almejava um homem enérgico, expansivo e apaixonado, enquanto Leo é na dele, racional e manso. Ou Lucielma Cardeal, 51, que lançou um “eu te amo” na primeira semana morando junto do noivo – e não obteve resposta à altura. Mais frustrante ainda foi o participante Rivo Abreu, 67 anos, que parecia aqueles jovens influenciadores que costumam entrar no programa em busca de fama e seguidores ao invés de um casamento. Teve ainda o papelão feito por Mario Sérgio, 67, que desistiu de Luciana Rodriguez, 50, assim que a viu pessoalmente.

Isso tudo sem falar de um velho participante do programa: o tal do machismo. As mulheres fortes assustaram os homens mais fracos. Elas foram julgadas por sua aparência e comportamento. E a virilidade masculina era papo comum nas cabines, mas ausente na prática. Por fim, roubou a cena o grupo de famosos convidado pela Netflix para comentar os eventos do reality em episódios especiais, entre eles Marcelo Adnet e Luana Piovani. O amor não estava no ar – mas o riso, sim.  

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