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O que um mangá adaptado para anime tem a ver com protestos na Ásia?

Protestos contra a corrupção em países da Ásia têm chamado a atenção por suas características peculiares. Em primeiro lugar, porque são promovidos por jovens da Geração Z. E também em razão dos símbolos escolhidos por esses manifestantes, que vão buscar referências da cultura pop. O mais evidente, e comum a todos eles, é uma bandeira de pirata, mas não uma Jolly Roger qualquer. É a divisa usada pelos personagens do mangá One Piece — com um chapéu de palha sobre o desenho do crânio.

Seja na Indonésia, no Nepal ou nas Filipinas, a mensagem é a mesma: enfrentar governantes corruptos e repressivos. Foi assim nos três países, que vêm sofrendo com governos opressores e contrários aos interesses do povo. “Vemos a bandeira como um símbolo de libertação contra a opressão”, disse um manifestante filipino ao jornal britânico The Guardian, em meio a protestos na capital Manilla. “Devemos sempre lutar pelo futuro que merecemos.”

Qual a história do mangá?

Após comer involuntariamente uma fruta especial, Monkey D. Luffy adquire o poder de se esticar como borracha. O sonho dele é encontrar o tesouro deixado pelo antigo Rei dos Piratas, Gol D. Roger, e ocupar o seu lugar. Luffy parte em sua jornada, navegando pelos mares e gradualmente reunindo uma tripulação diversificada e leal de piratas, conhecida como os “Piratas do Chapéu de Palha”.

O mangá, escrito e ilustrado por Eiichiro Oda, começou a ser serializado na revista japonesa Weekly Shōnen Jump, em julho de 1997. Em agosto de 2022, a revista japonesa ultrapassou 500 milhões de cópias vendidas e foi reconhecida pelo Guinness World Records como “a série de quadrinhos com o maior número de cópias publicadas por um único autor”.

CAPA - Primeiro número de One Piece: edição 3 em 1 da Panini Editora -
CAPA – Primeiro número de One Piece: edição 3 em 1 da Panini Editora –Panini/Divulgação
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No Brasil, a publicação de One Piece passou por duas editoras. A Conrad foi a primeira a publicar o mangá no país, a partir de 2002. Em 2011, a Panini adquiriu os direitos e relançou a série, que continua sendo publicada por até hoje, tanto na versão regular quanto em edições especiais, como a 3 em 1.

A versão no formato de anime produzida pela Toei Animation estreou em outubro de 1999. A popularidade da série continua a crescer, com sucessos recentes como a adaptação live-action da Netflix impulsionando ainda mais as vendas internacionais.

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