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Trump muda tom e diz que Ucrânia pode recuperar territórios tomados pela Rússia

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vinha defendendo que ucranianos cedessem territórios aos russos como forma de negociar o fim da guerra, afirmou nesta terça-feira, 23, que a Ucrânia, “com apoio da União Europeia, está em posição de lutar e recuperar todo o território em sua forma original”.

Anteriormente, Trump apoiou um plano que previa a cessão à Rússia das regiões orientais de Donetsk e Lugansk, em troca de um congelamento da frente nas regiões do sul, Kherson e Zaporizhzhia. No entanto, Kiev rejeita, por enquanto, entregar esses territórios, que considera “temporariamente ocupados”.

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Ao todo, Moscou reivindica soberania sobre a Crimeia, anexada ilegalmente em 2014, e outros territórios que, juntos, compõem 20% do território ucraniano. Atualmente, as tropas russas controlam mais de 99% de Lugansk e 79% de Donetsk, assim como suas capitais, segundo uma análise da agência de notícias francesa AFP baseada em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), dos Estados Unidos.  território ucraniano.

Kiev diz não aceitar a cessão de nenhum território da Ucrânia, defendendo a validade das linhas respeitadas entre 1991 e 2014, entre a dissolução da União Soviética e a anexação da península da Crimeia.

Após encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o líder americano também minimizou o poderio militar de Moscou, dizendo que a Rússia trava “uma guerra que uma potência militar de verdade teria vencido em menos de uma semana”.

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“Na verdade, a faz parecer um ‘tigre de papel’”, disse.

Antes do encontro, Trump já havia sido questionado sobre recentes episódios de violações do espaço aéreo de países europeus, incluindo membros da Otan, por parte da Rússia. Em resposta a uma pergunta, ele disse apoiar que aviões russos fossem derrubados em casos de incursão, mas disse que os EUA só ajudariam aliados “dependendo” das circunstâncias.

Mais cedo, nesta terça, a Otan, principal aliança militar ocidental, emitiu um alerta à Rússia, prometendo recorrer a “todas as ferramentas militares e não militares necessárias” para se proteger. A declaração veio após uma série de violações do espaço aéreo de Estados-membros do grupo atribuídas a Moscou, incluindo a incursão de três caças MiG-31 na Estônia, na semana passada, e o envio de drones à Polônia, Romênia.

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A escalada coincidiu com uma incursão de drones na Dinamarca, que levou ao fechamento do aeroporto de Copenhague por horas na madrugada desta terça, forçando o desvio de 31 voos e afetando cerca de 20 mil passageiros. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, classificou o episódio como “o mais sério ataque à infraestrutura crítica” já enfrentado pelo país e afirmou que não é possível descartar a Rússia como responsável. Moscou nega qualquer envolvimento.

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