A U.S. Travel Association, entidade que representa o setor de turismo nos Estados Unidos, anunciou na segunda-feira 22 a suspensão da taxa adicional de US$ 250 (cerca de R$ R$ 1.320) para emissão de visto americano. Anunciada em julho, a cobrança entraria em vigor em outubro.
De acordo com o órgão, a decisão foi tomada devido a negociações com o Congresso americano. Mas é temporária. Para que seja definitiva, depende ainda de novas conversas com o governo.
Em nota, a U.S. Travel Association classificou a suspensão como vitória parcial, uma vez que a elevação da taxa tiraria a competitividade dos Estados Unidos em relação a outros destinos turísticos, influenciando negativamente o setor. O impacto poderia ser intenso, dado que o país recebe, em 2026, a Copa do Mundo da Fifa.
“A associação está agora pressionando os legisladores e o governo para adiar indefinidamente a implementação da taxa”, disse em comunicado.
A medida havia sido aprovada com o One Big Beautiful Bill Act (grande e bonito projeto de lei, na tradução), avançado pelo governo de Donald Trump. Batizada de Visa Integrity Fee (taxa de integridade do visto, em português), a taxa seria aplicada na emissão da credencial, e caso o pedido do documento fosse negado, a quantia não seria cobrada.
Ela passaria a valer a partir de 1º de outubro, quando se inicia o novo ano fiscal dos Estados Unidos, afetando a emissão de visto para turismo, estudo ou trabalho a todos os estrangeiros, incluindo brasileiros. Hoje o visto custa US$ 185 (pouco menos de R$ 1.000).
Além disso, o viajante teria que pagar para preencher o formulário I-95, que registra a chegada no território americano. O documento custa US$ 24 (cerca de R$ 127). Com isso, o valor total da viagem poderia chegar a US$ 459 (cerca de R$ 2.425).
As negociações da U.S. Travel Association com a liderança do Congresso também pediram soluções para reduzir atrasos nas entrevistas de visto. “Esses esforços incluíram a obtenção de US$ 517 milhões para o processamento de vistos e passaportes, com o objetivo de acelerar as aprovações por meio de turnos de trabalho estendidos e novas tecnologias”, afirmou a entidade.