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Trump usa Assembleia Geral para criticar ONU e pedir Nobel da Paz para si mesmo

Em um discurso sem grande conteúdo, com direito a alguns minutos de críticas ao seu antecessor, Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou durante fala na Assembleia Geral, nesta terça-feira, 23, a missão das Nações Unidas.

“Qual é o propósito das Nações Unidas? A ONU tem um potencial tremendo. Eu sempre disse isso. Ela tem um potencial tremendo, tremendo. Mas não está nem perto de corresponder a esse potencial”, disse. “Na maioria das vezes, pelo menos por enquanto, tudo o que eles parecem fazer é escrever uma carta com palavras muito fortes e nunca dar seguimento a essa carta. São palavras vazias, e palavras vazias não resolvem guerras”.

Ele sugeriu que outras nações seguissem a abordagem dos Estados Unidos. “Um futuro dramaticamente melhor está ao nosso alcance. Mas, para chegar lá, precisamos rejeitar as abordagens fracassadas do passado e trabalhar juntos para enfrentar algumas das maiores ameaças da história”.

Desde sua posse, no final de janeiro, Trump revisou financiamentos e retirou os EUA de diversos órgãos das Nações Unidos, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). 

Em sequência, o presidente voltou a repetir a afirmação enganosa de que “encerrou sete guerras” desde que voltou ao cargo, em conflitos que vão do Paquistão e Índia à guerra de 12 dias entre Israel e Irã.

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“É uma pena que eu tenha tido que fazer essas coisas em vez das Nações Unidas”, disse ele, voltando a insistir, mesmo que indiretamente, que merece o Nobel da Paz, citando ataques contra instalações nucleares do Irã, em junho.

Em relação à ofensiva de Israel em Gaza, Trump criticou a crescente lista de países que reconheceram Estado da Palestina nos últimos dias.

“Infelizmente, o Hamas rejeitou repetidamente ofertas razoáveis de paz”, disse. “Alguns membros (da ONU) estão buscando reconhecer unilateralmente um Estado palestino (…) Isso seria uma recompensa por essas atrocidades horríveis”.

França seguiu os passos nesta segunda-feira, 22, do Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal no reconhecimento do Estado da Palestina. Os quatro países anunciaram neste domingo, 21, às vésperas da reunião em Nova York, a validação do Estado palestino como um caminho para a solução de dois Estados. Mais de 140 países dos 193 países-membros da ONU, incluindo o Brasil, reconhecem a Palestina. A medida é condenada por Israel e pelos EUA — a missão americana, inclusive, vetou as últimas resoluções do Conselho de Segurança sobre Gaza.

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