O deputado Julio Lopes (PP-RJ) está em Moscou participando da Semana Atômica Mundial, que comemora os oitenta anos da estatal russa de energia nuclear Rosatom e se estende até a próxima quinta-feira. Presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares, ele é o único membro do Congresso brasileiro no evento.
“Estamos acompanhando empresários brasileiros e equipes técnicas que estão envolvidas na construção do primeiro sistema nuclear de pequeno porte brasileiro”, afirmou Lopes. Segundo o deputado, o Brasil é um dos seis países do mundo com tecnologia para enriquecer urânio a 20%.
Defensor da retomada da expansão do complexo nuclear brasileiro, principalmente da conclusão das obras da usina de Angra 3, o parlamentar ressaltou a qualidade dos cursos de energia nuclear em universidades brasileiras, disse que o programa traria “independência energética” ao país e tornaria o sistema elétrico “mais forte”.
Lopes usa o exemplo russo para sustentar seu argumento. “A Rosatom é a maior empresa nuclear da Rússia e responsável por mais de 33% da eletricidade da parte europeia do país (e) pela criação (de) pequenos reatores nucleares modulares de até 200 megawatts e com capacidade de iluminar uma cidade com 120.000 residências”, disse.
Acrescentou que esses pequenos reatores “são construídos em módulos para serem transportados em pequenas balsas e montados no local da instalação, com capacidade para iluminar áreas remotas, como pequenas cidades no interior da Amazônia”.
