Uma das atrizes mais populares de Hollywood, Angelina Jolie afirmou neste domingo, 21, que não reconhece mais o próprio país e está temerosa com o avanço contra a liberdade de expressão nos Estado Unidos. A declaração foi dada durante o festival de cinema de San Sebastián, na Espanha, onde a ela foi questionada sobre qual é o seu temor como artista e americana. “É uma pergunta muito difícil. Eu amo meu país, mas, neste momento, não o reconheço”, atestou ela.
Sem citar nomes ou situações específicas, Jolie mencionou o fato de ter amigos e uma “família internacional” — dos seus seis filhos, três são adotados e de origens diversas. “Minha visão de mundo é igualitária, unida e internacional. Eu acho que qualquer coisa, em qualquer lugar, que divida ou limite as expressões e liberdades pessoais de qualquer pessoa, é muito perigosa”, opinou ela, completando com cautela: “São tempos tão sérios que precisamos ter cuidado para não dizer as coisas levianamente. Vivemos tempos muito difíceis”.
A declaração de Jolie aconteceu pouco depois do programa de Jimmy Kimmel ser retirado do ar depois que o apresentador teceu comentários sobre o assassino de Charlie Kirk, irritando conservadores. Com a pressão de investidores e do presidente da Comissão Federal de Comunicações, o talk-show foi suspenso por tempo indeterminado e Trump comemorou a situação, sugerindo ainda que nomes como Jimmy Fallon e Seth Meyers tivessem o mesmo destino. Pouco depois, o presidente americano também insinuou que pode suspender as licenças de emissoras críticas a ele, instaurando ainda mais preocupação com a escalada do autoritarismo no governo.
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