Marcado para as 15h (horário de Brasília) deste domingo, 21, o funeral de Charlie Kirk — influenciador e ativista conservador assassinado em 10 de setembro — já reúne uma multidão no estádio State Farm, em Glendale, na região metropolitana de Phoenix, Arizona.
Com o aumento do público, também cresce a tensão na cidade. As autoridades reforçaram a segurança devido à expectativa de grande comparecimento e à presença de figuras de destaque da direita norte-americana, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o vice-presidente, J.D. Vance, além de outros aliados políticos.
“Vamos a um culto no domingo. Sairei com algumas pessoas desta sala só para celebrar Charlie e tudo o que ele fez”, afirmou Trump, na quinta-feira, durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.
De acordo com Andrew Kolvet, porta-voz da organização de Kirk, a Turning Point USA, os organizadores esperam lotar o State Farm Stadium, que tem capacidade superior a 73 mil pessoas. Um espaço extra também foi preparado em uma arena próxima, caso a lotação seja ultrapassada.
O funeral foi enquadrado no nível máximo de segurança — o mesmo aplicado a eventos de grande porte e relevância nacional, como o Super Bowl. Segundo um boletim policial obtido pela ABC News, as autoridades monitoram potenciais ameaças, classificadas como de “credibilidade desconhecida”, relacionadas a participantes esperados para a cerimônia.
Na sexta-feira, 19, um homem armado de 42 anos chegou a ser preso ao tentar acessar o local do funeral antes da implantação completa do esquema de segurança. Segundo autoridades de segurança, ele se fazia passar por policial e foi solto após pagamento de fiança.
Quem era Charlie Kirk
Charlie Kirk, um dos maiores aliados de Donald Trump, morreu em 10 de setembro após ser baleado no pescoço enquanto discursava em um evento da sua turnê The American Comeback Tour na Universidade Utah Valley. Conhecido como uma das vozes mais influentes da extrema-direita nos Estados Unidos, Kirk fundou a Turning Point USA em 2012, organização juvenil conservadora presente em escolas e universidades por todo o país.
O interesse pelo conservadorismo surgiu ainda no ensino médio, quando ele conheceu o comentarista republicano Rush Limbaugh. Aos 18 anos, Kirk tentou se alistar na Academia Militar de West Point, mas foi recusado, o que o levou a se dedicar integralmente à Turning Point.
Sua morte foi anunciada por Donald Trump, que prestou condolências à família e homenagens ao influenciador: “O Grande, e até mesmo Lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia ou tinha o Coração da Juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por todos, especialmente por mim. Melania e eu enviamos os pêsames à sua esposa Erika e à família. Charlie, nós te amamos”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social. Kirk tinha dois filhos e era casado com a ex-Miss Arizona Erika Frantzve.
