Em tempos de elevada polarização, o porto–riquenho Bad Bunny, 31 anos, não perde oportunidade de se imbuir de tom patriótico e forte teor antiamericano, o que tem atraído à plateia de seus shows celebridades de áreas diversas — de LeBron James a Ricky Martin e Penélope Cruz. Recentemente, o rapper excluiu os Estados Unidos, que têm Porto Rico como território, do périplo mundial de sua turnê, que começa em novembro. Diz ter medo de que, como artista latino, acabe atraindo uma multidão sujeita às investidas do ICE, a temida polícia imigratória do governo Donald Trump. “Não tenho ódio dos americanos, mas um temor de que o ICE fique à espreita do lado de fora”, explica ele, que, quanto mais agita bandeira, mais sucesso faz.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 19 de setembro de 2025, edição nº 2962