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Avanço de IA para uso militar é prioridade absoluta para Coreia do Norte, diz Kim Jong-un

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou que o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial (IA) para uso militar é a “prioridade máxima” do país. O objetivo de Pyongyang é melhorar a capacidade de seus drones não tripulados, incrementando seu equipamento bélico. As informações foram divulgadas pela agência estatal norte-coreana KCNA nesta sexta-feira, 19.

A declaração de Kim aconteceu durante uma visita ao Complexo de Tecnologia Aeronáutica Não Tripulada na quinta-feira, 18, onde presidiu testes de drones e veículos de vigilância não tripulados. 

Pyongyang vem fazendo “esforços substanciais” para tentar desenvolver rapidamente seus projetos envolvendo IA, uma vez que o país se considera “atrasado” no tema a nível global. Segundo o grupo de análise independente 38 North, a Coreia do Norte tem se envolvido em pesquisas colaborativas sobre o tema com acadêmicos na China, Coreia do Sul e Estados Unidos, mesmo com sanções impostas por uma série de países. 

O desenvolvimento militar norte-coreano levanta preocupações nos EUA. De acordo com a Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos (DIA, na sigla em inglês), o país tem “os meios militares para manter em risco as forças americanas e de aliados no nordeste da Ásia, enquanto continua a melhorar sua capacidade de ameaçar os EUA”.

Na semana passada, o líder norte-coreano supervisionou um novo teste do motor de foguete de combustível sólido recém-desenvolvido por Pyongyang. Kim definiu o projeto, feito para mísseis balísticos intercontinentais, como uma expansão significativa do poder nuclear do país.

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Atualmente, a Coreia do Norte conta com um estoque crescente de armas nucleares, muitas delas equipadas em mísseis balísticos e de cruzeiro, e um programa de satélites espiões ainda em desenvolvimento. Os dados foram divulgados pela DIA e apontam um total de um milhão de soldados ativos no exército norte-coreano, complementado por mais de sete milhões de reservistas.

Pyongyang ainda depende fortemente da China no âmbito político e econômico, mas tem tentado expandir sua rede de relações. Recentemente, Kim Jong-un assinou um tratado de defesa mútua com o presidente russo, Vladimir Putin, sinalizando uma aproximação entre Coreia do Norte e Rússia que causou incômodo no ocidente.

De acordo com o centro de pesquisas alemão Friedrich Naumann Foundation, os norte-coreanos forneceram cerca de 10 bilhões de dólares em armas a Moscou, além de contribuir com milhares de soldados enviados ao front de batalha na guerra da Ucrânia.

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