Após acertar a votação da urgência do PL da Anistia com líderes partidários e pedir que eles mapeassem votos, o presidente da Câmara, Hugo Motta, foi ao Palácio do Planalto e indicou que votaria o requerimento para acelerar a tramitação da medida naquele mesmo dia.
Com o movimento, o paraibano buscou evitar uma nova crise com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia pedido a ele no início da semana que não votasse nada relacionado ao projeto.
Segundo apurou o Radar, o chefe do Legislativo quis deixar claro que o fato de a urgência avançar não significava que uma anistia ampla e irrestrita seria aprovada nas semanas seguintes.
Destacou que prevalecia, dentro do Parlamento, o sentimento de que deveria ser analisada uma proposição para tratar exclusivamente de uma revisão da dosimetria de penas dos crimes cometidos por quem participou dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Aliados de Motta pontuam que essa foi a forma encontrada pelo presidente da Câmara de tentar se antecipar e evitar um novo embate com o Executivo.
