Nos últimos dias, sugiram dúvidas a respeito de uma possível volta do horário de verão . O Ministério de Minas e Energia (MME) tem afirmado que a medida está “permanentemente em avaliação”, mas não deu indicação ainda de que deve retomá-la neste momento. Questionado por VEJA, o ministério ainda não se manifestou.
Suspenso em 2019, o horário de verão foi deixado de lado após estudos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) mostrarem que a política deixou de trazer ganhos significativos de economia de energia. A mudança nos hábitos da população alterou o perfil de consumo: o pico de demanda passou a ocorrer principalmente à tarde, impulsionado pelo uso de ar-condicionado e equipamentos de refrigeração, e não mais no início da noite, quando a medida ajudava a aliviar o sistema, segundo o comitê.
Como funcionava o horário de verão?
De acordo com o Decreto nº 6.558/2008, modificado em 2017, o horário de verão começava no primeiro domingo de novembro e terminava no terceiro domingo de fevereiro. Nos anos em que coincidia com o Carnaval, a data de encerramento era adiada. A medida valia para os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Norte e Nordeste não eram incluídos por apresentarem pouca variação de luminosidade ao longo do ano.
Entre países tropicais, o Brasil foi um dos poucos a adotar o horário de verão. A medida também existe em países como Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Paraguai, mas é pouco comum em nações próximas à Linha do Equador.