Escolhido por Hugo Motta para ser relator do PL da Anistia na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade) afirmou nesta quinta-feira que o avanço do projeto com uma abrangência ampla, geral e irrestrita, como desejam os bolsonaristas, é “impossível”.
Deputada do PL e aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode ser beneficiado pelo texto, Rosana Valle (SP) disse que Paulinho assume a relatoria do projeto com “ideias pré-concebidas”, indicando que o parlamentar não parece estar disposto a analisar o tema. Segundo ela, o tom de “sentença antecipada” na fala do deputado não demonstra abertura ao diálogo e a uma reconciliação.
“É, no mínimo, estranho que o relator recém indicado já venha com ideias pré-concebidas. Em princípio, demonstra que não há disposição de analisar o tema com a profundidade e a isenção que a pacificação nacional exige. A sociedade espera do relator uma postura aberta ao diálogo e ao espírito de reconciliação, não uma sentença antecipada. Reduzir penas é um paliativo. O que o Brasil precisa é virar a página de vez”, disse Rosana Valle.
Já o deputado estadual por São Paulo Tenente Coimbra (PL) ponderou que “não existe o impossível na política”. De acordo com o militar, o diálogo e a articulação do presidente do Solidariedade darão o tom dos próximos passos da proposta de anistia no Legislativo.