As Olimpíadas de Los Angeles 2028 seguem atraindo o interesse de grandes marcas, e nesta quarta-feira (17), anunciou a Starbucks como mais uma patrocinadora para o evento. Considerada a maior rede de cafeterias do mundo, ela se junta a outras três companhias multinacionais: Honda, Comcast e Delta Air Lines.
A organização das Olímpiadas definiu como objetivo chegar em valores que variam entre US$ 800 milhões (R$ 4,3 bilhões) e US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões), elevando, assim, a receita total de patrocínios para cerca de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões).
De acordo com informações da agência Reuters, executivos da USOPP (U.S. Olympic and Paralympic Properties), entidade responsável pelo marketing e pela venda de ativos comerciais para os Jogos de 2028 e pelos direitos da seleção dos Estados Unidos até 2028, existe uma confiança que o evento atinja ou exceda a meta geral de patrocínio, que é de US$ 2,5 bilhões (R$ 13,3 bilhões).
“Esses jogos não serão somente maiores que os anteriores, mas serão marcantes, redefinindo como os próximos serão organizados. Serão os primeiros realizados na maior potência econômica e esportiva do mundo, na era das redes sociais. Tudo relacionado à promoção, transmissão e divulgação será diferente a partir dessa edição, e o que veremos neles vai remodelar como os torneios regulares de diferentes modalidades serão realizados a partir de 2028. Estar presente nesse momento de transformação será essencial para os que querem ser ou continuar sendo globais, universais”, avalia Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z
LA28 quebra tradição e vai vender naming rights das arenas
Uma das principais novidades relacionadas aos patrocinadores está num tema até então inédito nas Olimpíadas. O Comitê Organizador das Olimpíadas de 2028 anunciou, durante o mês de agosto, que pela primeira vez o Comitê Olímpico Internacional (COI) vai autorizar que empresas batizem as instalações olímpicas, quebrando uma tradição centenária.
De acordo com o USOPP (U.S. Olympic and Paralympic Properties), esse novo ativo publicitário deve acrescentar uma fonte de receita considerável em relação aos outros eventos já realizados, e com isso, a estimativa com receitas totais relacionadas aos Jogos de Los Angeles ultrapassem o patamar de US$ 6,9 bilhões.
Duas arenas olímpicas já tiveram seus contratos de naming rights revelados, casos da Honda Arena, que vai continuar com o nome da empresa automotiva japonesa, e a Comcast, empresa americana de mídia e tecnologia, que vai dar nome à estrutura temporária que vai ser palco do squash, novo esporte do programa olímpico. Ainda existem outros 19 espaços que estão disponíveis para acordos ao mercado, com prioridade para os atuais patrocinadores do COI.
“Trata-se de uma inovação, já que pela primeira vez o COI está autorizando, devidamente, esses acordo dos equipamentos pelos naming rights. Além de valorizar e trazer para o contexto dos Jogos a força do patrocinador, é um incremento gigantesco das receitas, proporcionando que os valores com orçamento possam ser recordes. Cabe às empresas que adquirem essas parcerias saberem trabalhar essas ativações ao longo deste período até 2028”, diz Anderson Nunes, Head de Negócios da Casa de Apostas, que adquiriu os naming rights na Arena Fonte Nova e Arena das Dunas, dois estádios que foram sede de jogos da Copa do Mundo de 2014.
Ingressos e pacotes de hospitalidade à venda
A organização da LA28 também anunciou nesta quarta-feira (17) que os ingressos e pacotes de hospitalidade estarão à venda a partir de 2026, sendo que o registro obrigatório vai ter início em janeiro, pelo site la28.org. As entradas individuais para as competições custarão a partir de US$ 28 (cerca de R$ 148 na cotação atual).
“Os Estados Unidos são referência em levar o entretenimento para dentro das arenas esportivas, e esses projetos de hospitalidade, atrelados às tranformações que os equipamentos da LA28 estão passando, como os naming rights, podem significar uma nova Era para o público”, comenta Léo Rizzo, fundador da Soccer Hospitality, empresa que conta com serviços de camarotes open bar, estúdios de tatuagem até barbearia em nove estádios brasileiros.