Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18, traz dados positivos para o presidente Lula, provável candidato à reeleição, e negativos para o antecessor Jair Bolsonaro, que está inelegível e foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe e outros quatro crimes, incluindo organização criminosa armada.
Segundo o levantamento, Lula lidera nos oito cenários de primeiro turno sobre a próxima corrida presidencial. Em todos eles, tem uma vantagem de mais de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado. A exceção fica por conta da simulação na qual Bolsonaro aparece como candidato. Nela, o capitão marca 24%, contra 32% do petista. Na terceira colocação fica o ex-ministro Ciro Gomes, com 11%.
Nas projeções de segundo turno, o presidente tem sete pontos à frente de Ciro (40% a 33%) e oito de vantagem sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Contra integrantes do clã Bolsonaro, a vantagem de Lula é maior. Sobre o ex-presidente é de treze pontos. Sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, de 15 pontos. Sobre o deputado Eduardo Bolsonaro, de 18 pontos.
Desgaste acentuado
Após a condenação de Bolsonaro à cadeia, o capitão perdeu musculatura. Suas intenções de voto na pesquisa espontânea, que eram de 9% em agosto, caíram para 6%. Já as de Lula subiram de 16% para 18%. Em março, a distância entre os dois era de apenas dois pontos a favor do petista.
Apesar de o ex-presidente não desistir de sua candidatura à Presidência, mesmo inelegível e sentenciado à prisão, aumentou o contingente que defende que ele abra mão da eleição e apoie outro candidato. Em agosto, eram 65% dos entrevistados. Em setembro, 76%. Os nomes mais citados para substituí-lo são Tarcísio de Freitas (15%), Ratinho Jr (9%) e Michelle Bolsonaro (5%).
A desvantagem de Bolsonaro em relação a Lula aparece em outro dado. Perguntados sobre do que têm mais medo, 49% responderam a volta do ex-presidente, enquanto 41% disseram um novo mandato do petista. A diferença é a mesma de agosto, de oito pontos, mas já foi de apenas três em julho.
