Milhares de pessoas saíram às ruas de Londres nesta quarta-feira, 17, em protesto contra a segunda visita de Estado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que inclui um luxuoso banquete em sua homenagem oferecido pelo rei Charles III e um encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
A marcha organizada pela Stop Trump Coalition — aliança que inclui grupos que vão desde ativistas ambientais até grupos antirracistas e organizações pró-Palestina — terminou em frente ao Parlamento, onde a Polícia Metropolitana estimou a presença de cerca de 5 mil manifestantes. Para garantir a segurança na capital britânica, mais de 1.600 policiais foram mobilizados, incluindo 500 de outras regiões do Reino Unido.
HOLY SMOKES! Thousands of protesters gathering in central London right now in opposition to Trump’s visit.
“Donald Trump is not welcome here”
“Together united we can stop the rise of fascism” pic.twitter.com/mYX1UOtKfC— Ron Smith (@Ronxyz00) September 17, 2025
Sound up!
London’s “#TrumpNotWelcome” protest march about to begin. Here’s the feel. Drumming by Rhythms of Resistance. Mini angry baby Trump balloons like the big one in 2018. Palestinian flags. Placards about fascism, racism, environment. @CBSNews is here.
pic.twitter.com/a8iycv1yXR
— Ramy Inocencio 英若明 (@RamyInocencio) September 17, 2025
Manifestation anti #Trump à #Londres. La coalition Stop Trump rassemble plusieurs milliers de manifestants pour protester contre la venue de Donald Trump à Windsor. Les organisateurs dénoncent ses positions jugées racistes, sexistes et climatosceptiques. #London pic.twitter.com/OO2QzJ9AQg
— Alexander Seale (@AlexSeale) September 17, 2025
Os participantes levaram pautas diversas, que iam da solidariedade à Palestina a campanhas contra o fascismo, carregando cartazes com frases como “Não ao racismo”, “Parem de armar Israel” e “Derrotem o trumpismo”. Alguns carregavam pequenas versões do “Trump bebê”, um balão inflável do líder americano usando fralda, uma marca de sua primeira visita ao país como presidente, em junho de 2019, no seu primeiro mandato. Máscaras com a inscrição “Trump fede” também circularam entre os manifestantes.
Large & vocal protest in London to denounce the visit of President Trump. The main backer of Israel’s barbaric genocide in #Gaza should not be welcomed by the UK, he should be held accountable for his crimes. pic.twitter.com/WpXfFYv4gg
— Palestine Solidarity Campaign (@PSCupdates) September 17, 2025
Lookalikes of #Trump, #Vance, #Farage, #Putin and #Musk at the Stop Trump protest in London. pic.twitter.com/Uqn8ZOKYpw
— Alexander Seale (@AlexSeale) September 17, 2025
London does not welcome Trump. pic.twitter.com/bZim0lzSJ3
— Palestine Solidarity Campaign (@PSCupdates) September 17, 2025
O ato contou com figuras conhecidas. O cantor inglês Billy Bragg se apresentou em um palco montado na Praça do Parlamento, que também recebeu discursos do ex-líder trabalhista Jeremy Corbyn, da deputada Zarah Sultana, do comediante Nish Kumar e do líder do Partido Verde, Zack Polanski.
Enquanto a multidão protestava em Londres, um grupo menor se reuniu em Windsor, onde Trump passou o dia com a família real antes de um suntuoso banquete de Estado em sua homenagem. Na noite de terça-feira 16, fotos antigas do presidente americano ao lado de Jeffrey Epstein, o financista condenado por um esquema de exploração sexual de garotas, muitas delas menores de idade, foram projetadas nos muros do Castelo de Windsor, episódio que terminou com a prisão de quatro homens.
Nesta quarta, Trump e a primeira-dama Melania foram recebidos pelo príncipe William e sua mulher, Kate. Em seguida, cumprimentaram o rei Charles III e a rainha Camilla, sob uma salva de 41 tiros de canhão e uma cerimônia militar de grande pompa. Segundo autoridades britânicas, cerca de 120 cavalos e 1.300 integrantes das Forças Armadas participaram da recepção — considerada a maior cerimônia de boas-vindas a um chefe de Estado em décadas no Reino Unido.
O fascínio de Trump com a realeza é bem conhecido, e Starmer espera poder seduzi-lo ao máximo com esse encanto antes da reunião entre os dois nesta quinta-feira, 18. Ele almeja aprofundar os laços econômicos, garantir bilhões de dólares em investimentos para o Reino Unido, discutir as tarifas americanas sobre produtos britânicos e pressionar o presidente dos Estados Unidos a tomar atitudes em relação às guerras na Ucrânia e em Gaza.