Levantamento da Auddas mostra que o mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A) apresentou crescimento no primeiro semestre de 2025. De janeiro a junho, foram registradas 827 transações no país, totalizando 146 bilhões de reais em volume financeiro.
No segundo trimestre (abril a junho), houve 428 operações, que movimentaram 106,4 bilhões de reais. Em relação ao primeiro semestre de 2024, o avanço foi expressivo: o número de transações subiu 10,7% (de 747 para 827), enquanto o valor total negociado aumentou 43,9%, de 101,5 bilhões para 146 bilhões de reais.
Entre os setores com maior número de transações no semestre, destacam-se tecnologia da informação (TI), com 274 operações; instituições financeiras, com 75; empresas de internet (46); serviços para empresas (24); e alimentos, bebidas e fumo (22).
Mesmo sem liderar em volume, o setor financeiro merece atenção. Segundo Julian Tonioli, CEO da Auddas, “o Banco Central tem sido mais criterioso na concessão de novas licenças para novas operações. Isso tende a favorecer quem já está estabelecido e, para quem deseja entrar, a alternativa passa muitas vezes por adquirir uma instituição pronta”. Ele acrescenta: “com juros ainda elevados, essas operações tendem a ser mais rentáveis”.
De acordo com o executivo, outra tendência é a de negócios tradicionais — como varejo, distribuidoras, energia, telefonia e educação — buscarem criar ecossistemas financeiros em torno de suas atividades principais. “Nessa agenda, faz sentido explorar aquisições que tragam competências financeiras”, afirma Tonioli.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:
