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União Europeia prepara sanções contra Israel em meio à escalada da guerra em Gaza

A Comissão Europeia deve apresentar nesta quarta-feira , 17, um pacote de sanções contra Israel, enquanto as forças israelenses avançam com uma ofensiva terrestre na Cidade de Gaza. A iniciativa, contudo, enfrenta resistência da Alemanha, um dos principais aliados de Tel Aviv dentro do bloco.

A porta-voz da Comissão, Paula Pinho, confirmou que a proposta será discutida na reunião do Colégio de Comissários. Entre as medidas previstas estão a suspensão parcial de cláusulas comerciais do Acordo de Associação Euro-Mediterrânico e a imposição de sanções a ministros do governo de Benjamin Netanyahu classificados como extremistas, além de colonos envolvidos em atos violentos na Cisjordânia.

O principal obstáculo político parte de Berlim. Maior economia da União Europeia, a Alemanha sustenta há décadas uma posição de firme apoio a Israel, influenciada pela dívida histórica com o Estado judeu devido ao papel do regime nazista no Holocausto. Essa postura tem barrado tentativas anteriores de pressão diplomática sobre Tel Aviv, mesmo diante da devastação em Gaza e do elevado número de vítimas civis.

“Se a Alemanha não concorda com as medidas, precisa apresentar alternativas. Se tivesse aceitado propostas no passado, talvez a situação na Faixa de Gaza e na Cisjordânia não fosse tão grave quanto vemos hoje”, afirmou a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, em entrevista ao ser questionada sobre como pretende convencer Berlim.

O pacote integra a estratégia delineada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual sobre o Estado da União, em Estrasburgo. “O que está acontecendo em Gaza abalou a consciência do mundo. Vamos propor sanções contra ministros extremistas e colonos violentos, além de suspender parcialmente o acordo de associação em matéria comercial”, disse na ocasião.

Mesmo com divisões internas, a proposta sinaliza um endurecimento da postura de Bruxelas em relação à conduta israelense. Para entrar em vigor, no entanto, o pacote precisará do aval unânime dos 27 Estados-membros da União Europeia.

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