O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em valorização de 0,36% nesta terça-feira, 16, avançando para os 144 mil pontos — um novo recorde. O dólar, por sua vez, teve baixa e ficou cotado a 5,29 reais. Trata-se do menor valor da moeda americana ante ao real em 15 meses e o seu quinto pregão seguido em queda.
Políticas monetárias no foco
Os negócios operam de olho no início da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que deve cortar os juros nos Estados Unidos. Por ora, 96% do mercado aposta em uma queda de 0,25 ponto percentual, de acordo com a ferramenta Fed Watch. O restante acredita em uma redução de 0,50 ponto. O resultado da reunião será anunciado na quarta-feira, 17, dia de “Superquarta”, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) também anuncia sua decisão sobre a Selic no Brasil.
A expectativa de economistas é que a taxa de juros doméstica seja mantida no atual patamar de 15%. A projeção segue a indicação já dada pelo comitê na ata da reunião de julho, quando foi decretada a manutenção da Selic. Mesmo assim, “a expectativa é grande para saber se o BC dará um direcionamento em relação ao início de corte de juros, haja vista o PIB do segundo trimestre, que veio mais fraco do que as projeções”, afirma Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
Entre os destaques no mercado de ações, os principais bancos do país, em sua maioria, apresentaram volatilidade. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) valorizaram 0,82%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) fecharam praticamente em estabilidade (BBDC3) e baixa de 0,23% (BBDC4). O Santander (SANB11) recuou 0,59% e o Itaú (ITUB4) teve desvalorização de 0,24%.