Luigi Mangione conquistou nesta terça-feira (16) uma importante vitória judicial: um juiz de Manhattan decidiu rejeitar as duas principais acusações estaduais contra ele, homicídio de primeiro grau e homicídio de segundo grau, enquadrados como crimes de terrorismo pelos promotores.
O réu ainda enfrenta outra acusação de homicídio de segundo grau e uma denúncia federal pelo assassinato de Brian Thompson, executivo da UnitedHealthcare, ocorrido em dezembro do ano passado, além de acusações relacionadas à posse de armas.
O juiz Gregory Carro, responsável pelo caso estadual, anunciou sua decisão em um despacho escrito divulgado durante uma breve audiência de 15 minutos.
“As acusações 1 e 2, imputando ao réu homicídio de primeiro grau (em contexto de ato terrorista) e homicídio de segundo grau como crime de terrorismo, são rejeitadas por insuficiência legal”, escreveu Carro. “Há provas suficientes para todas as demais acusações, incluindo homicídio de segundo grau (intencional).”
Mangione entrou na sala do tribunal pouco antes das 9h30, trajando uniforme carcerário cáqui, com algemas nos pulsos e tornozelos acorrentados.
A aparição ocorreu seis dias após o assassinato do comentarista de direita Charlie Kirk, durante evento na Utah Valley University, episódio que gerou intensa retórica política.
Embora o motivo do ataque a Kirk ainda não seja conhecido, conservadores utilizaram o caso para exigir investigação de grupos políticos progressistas.
O ex-presidente Donald Trump defendeu a pena de morte para o suspeito Tyler Robinson e o Departamento de Justiça busca a mesma medida para Mangione.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, descreveu a morte de Thompson como “um assassinato premeditado e frio que chocou a América” e afirmou que sua atuação segue a agenda de Trump de combater crimes violentos e “tornar a América segura novamente”.
O caso reacendeu um acalorado debate sobre o sistema de saúde americano, que atravessa linhas partidárias.
Enquanto alguns defendem Mangione e criticam empresas de saúde, outros repudiam a utilização de um assassinato para expor descontentamentos políticos.
Do lado de fora do tribunal, apoiadores de Mangione se reuniram para acompanhá-lo.
